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Ney Matogrosso divide palco em S.Caetano
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
12/03/2005 | 16:52
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O show promete mais que um simples encontro de gerações. Neste sábado, no palco do Victória Hall, em São Caetano, o veterano Ney Matogrosso divide espaço com a turma de Pedro Luís e A Parede, na turnê de divulgação de Vagabundo. É a parede sonora e percussiva da Parede, mais o vocal áspero de Pedro Luís fazendo simbiose com a voz lapidada e a postura performática de Matogrosso.

A probabilidade é a de um espetáculo, na melhor acepção do termo. Ney não perde sua veia teatral nem a marca registrada de intérprete, tampouco Pedro Luís a A Parede faz concessões para sua música soar mais palatável. “Não sofri pressão para ser menos do que sou. Me expresso como sei, com total liberdade para minha performance artística”, diz Ney.

Aliás, mais uma vez ele aparece com figurino assinado por Ocimar Versolato, estilista de São Bernardo que se tornou conhecido internacionalmente.

O cantor considera interessante essa experiência de dividir o palco em pé de igualdade com o Plap: “Por não ser o foco principal, acabo tendo mais liberdade de ação”, afirma.

Mas cada artista tem seu momento próprio. “Há uma parte do espetáculo em que eu fico no palco, na parte de trás, com um espelho na mão, iluminando-os”, afirma Ney. Em outro set, o cantor fica sozinho em cena, para interpretar Balada do Louco e Sangue Latino.

A mistura, porém, é garantia de um show vibrante. Dos Secos e Molhados, a regravação Assim Assado deve ser um dos destaques. E tem também A Ordem É Samba, de Jackson do Pandeiro e Severino Ramos, que integrou a trilha sonora da novela Celebridade, da Globo.

O repertório deve contar ainda com Seres Tupy (do Plap), Napoleão, de Ney, Transpiração e Jesus (novas do disco Vagabundo), mais as releituras de Metamorfose Ambulante, Caio no Suingue, O Mundo, Disritmia e Fé Cega, Faca Amolada.

Pedro Luís vai ao Victória Hall acompanhado dos percussionistas de A Parede – Celso Alvim, Mário Moura (também baixista), C.A. Ferrari e Sidon Silva – além dos convidados Ricardo Silveira (guitarra), Pedro Jóia (violão e alaúde árabe) e Glauco Cerejo (sopros).

Com tanta gente em cena, a opção foi trabalhar com cenários e figurinos discretos. “Não temos propriamente um cenário, mas um desenho que foi desmembrado em quatro partes e, depois, animado. Ele aparece em quatro momentos diferentes do show”, afirma Ney. Nas projeções, elementos do desenho surgem e se somam até tomarem forma.

O figurino usado por Ney consiste em uma calça jeans e uma camisa de seda com mangas largas – em cada show é utilizada uma cor diferente.  Com mais essa criação, Ney confirma a preferência por peças assinadas por Versolato, numa parceria que já dura dez anos: “A gente cria juntos. Eu dou palpite. Temos grande liberdade para trabalharmos”. A turnê de Vagabundo deve continuar pelo menos até julho.

Ney Matogrosso e Pedro Luís e A Parede – Sábado, às 22h. No Victória Hall – r. Baraldi, 743, São Caetano. Tel.: 4229-2223. Ingr.: R$ 60 (mesa setor A e camarote), R$ 40 (cadeira setor B), R$ 30 (cadeira setor C / superior). Há cota para estudantes nos setores B e C. Assinantes do Diário pagam R$ 20 no setor C.



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