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Imprensa afegã boicota informações sobre os talibãs
Por Da AFP
09/04/2007 | 10:57
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Os meios de comunicação afegãos decidiram nesta segunda-feira boicotar durante uma semana todas as informações procedentes dos talibãs para protestar contra o assassinato do intérprete e jornalista afegão Adjmal Naqshbandi.

"Em uma reunião em Cabul na presença de representantes de todos os meios de comunicação afegãos, foi decidido boicotar qualquer informação ou declaração divulgada pelos talibãs durante uma semana", declarou o presidente da associação, Rahimulah Samander, que também pediu à imprensa estrangeira que se una ao movimento.

As rádios e televisões afegãs respeitarão dois minutos de silêncio às 15 horas locais de terça-feira, horário da decapitação no domingo de Naqshbandi. "Os jornais publicarão uma página negra na terça-feira, ao invés da primeira página", acrescentou Samander.

O nome do mulá Dadulah, um dos principais líderes talibãs, que supervisionou o seqüestro, "não deve ser mencionado e deve permanecer como um buraco negro na história do Afeganistão", segundo Samander.

Os jornalistas também organizarão protestos diante do Parlamento, que acusam de não ter feito nada pelo refém afegão.

Adjmal Naqshbandi foi seqüestrado em 5 de março na província de Helmand junto com um motorista e o repórter italiano Daniele Mastrogiacomo, do jornal La Repubblica. Este último foi libertado em 19 de março, em troca da liberdade de cinco detentos talibãs.

O motorista foi decapitado no início do seqüestro. O porta-voz do mulá Dadulah afirmou que os talibãs mataram Naqshbandi por causa da recusa das autoridades afegãs a negociar sua libertação.




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