A indústria médico-hospitalar brasileira vem ganhando espaço no Exterior, fortalecendo a imagem de fabricante de produtos de qualidade e com alto grau de inovação e, ao mesmo tempo, diversificando mercados. Neste ano, a expectativa do setor é alcançar US$ 650 milhões em exportações, 17% mais que em 2009.

O País é bem visto nessa área lá fora. É o que aponta estudo de percepção promovido pela Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios), que ouviu compradores de 13 países durante a 9ª Rodada Internacional de Negócios, no fim de maio.

Essa imagem tem sido aperfeiçoada, segundo o diretor-executivo da Abimo, Hely Maestrello. Com o apoio da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), a associação tem desenvolvido ações de fomento, como rodadas de negócios e missões internacionais.

Além de aproximar empresas e possibilitar contatos, os encontros permitem que as empresas internacionais confiram o potencial da inovação das marcas do País, avalia o diretor.

A avaliação favorável do produto nacional é reforçada, na análise do dirigente, devido à preocupação das empresas brasileiras em não descuidar do relacionamento com os clientes, com o atendimento e assistência técnica aos compradores do Exterior.

A diversificação é outra arma usada para ampliar as exportações. Como exemplo, durante a 9ª Rodada, 46 fabricantes brasileiras fecharam US$ 350 mil em negócios e prospectaram US$ 14,6 milhões para os próximos 12 meses, realizando 615 encontros com companhias da Argélia, Bolívia, Costa Rica, Egito, Israel, Malásia, México, Nigéria, Panamá, Paraguai, Portugal, Sudão, Tailândia e Uganda.

DA REGIÃO - A K.Takaoka, fabricante de equipamentos para UTI sediada em São Bernardo, ilustra o fortalecimento do segmento no Exterior. A empresa projeta crescer mais de 20% em exportações, chegando a R$ 10 milhões em encomendas para outros países.

O diretor-geral, Sammy Roger Ewald, destaca o papel da Abimo em promover, junto com a Apex, o produto nacional.

A companhia, cujas vendas externas representam 25% do faturamento, tem negócios com toda a América Latina, Índia, Paquistão, Turquia, África do Sul, Portugal e Espanha.