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Tropa de Elite: ação e reação
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
06/10/2007 | 07:06
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A estréia oficial de Tropa de Elite nas telonas suscitou reações radicais, exames de consciência e um reflexo incômodo do que o Estado tem feito por segurança pública e bem-estar social.

Sexta-feira à tarde, o Diário acompanhou as primeiras exibições nas salas de cinema do ABC Plaza Shopping, em Santo André. Jovens estudantes (acima dos 16, a classificação indicativa do filme), casais e um grupo de funcionários, bancado por uma empresa de telefonia móvel, compunham o público.<EM>

Grande parte concordou com o ponto de vista do truculento Capitão Nascimento (Wagner Moura): a polícia precisa reprimir com intensidade o tráfico de drogas, não importa a classe social dos envolvidos. “Vai ter muito riquinho incomodado com essa versão. Mas eu também acho que no fundo quem compra acaba ajudando os bandidos”, diz o administrador de empresas Thiago Clasen da Silva, 26 anos, de Santo André.

Confira depoimentos:

“Achei o filme bastante fiel à realidade. Nem é tão violento perto do que a gente já viu por aí. Concordo com o Nascimento: quem ajuda bandido merece morrer. Eu faria a mesma coisa se estivesse no lugar dele.”
Jussara Ravasio, 23 anos, professora de Educação Física, Ribeirão Pires

“Tínhamos visto o filme em casa e gostamos muito. Foi bom mostrar o lado bonito da polícia, que quer resolver os problemas da população. A polícia tem mesmo de reprimir toda ação criminosa.”
Clayton, 24 anos, e Elaine da Silva, 28, de Santo André

“Nem tudo que está lá é realidade pura, como as pessoas estão pensando. Um ponto negativo do filme é essa coisa de colocar a polícia lá em cima, como se fossem deuses. Não é bem assim e vemos isso sempre.”
Fernando Lucas, 22, estudante, Diadema

“É uma realidade muito crua. Existe, mas a gente faz de conta que não está lá. Só agora vamos enxergar. Acredito que o ponto de vista não é só do policial, mas da favela também. Choca a truculência.”
Sônia Maria dos Santos, 44 anos, supervisora, São Paulo



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