Eleições 2016 Titulo Santo André
Aidan fala em acordo com vereadores para garantir uniforme

Ex-prefeito de Santo André cita tratativas com 70% da Câmara visando reverter valor de metade das emendas para investimento na aquisição

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/08/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PSB), candidato pela terceira vez ao Paço, sustentou ontem que há acordo com maior parte da Câmara no intuito de reverter valor de metade das emendas parlamentares, incluídas no Orçamento, para compra de uniforme escolar em eventual primeiro ano de mandato. Em entrevista na sede do Diário, o socialista criticou a interrupção da entrega neste ano após cinco exercícios de distribuição ao considerar falta de gestão. “Tratamos com 70% (do Legislativo) e falaram em doar metade para a aquisição de uniforme. Os vereadores querem ter participação. Ideia veio deles, inclusive.”

Dentro da proposta de emendas, há reserva de R$ 300 mil para cada gabinete – são 21 parlamentares, o que compreende R$ 6,3 milhões no total. A quantia acertada giraria, portanto, em R$ 3,15 milhões. A estimativa de gastos com a vestimenta, calculada em edital pelo governo Carlos Grana, ficou na casa dos R$ 7 milhões. “Conversei (com os vereadores) há cerca de dois meses. Em novembro (com o encerramento do pleito) já poderíamos começar o diálogo. (Isso porque) Entraria (na legislatura subsequente) com esse compromisso”, alegou, ponderando que a iniciativa está sendo discutida, apesar de a compra não ser obrigatória. “Não entra na cota da Educação.”

Sobre possível polarização com o PT no segundo turno, Aidan frisou que caso Grana queira comparar as administrações o PSB “não precisará nem fazer campanha”. “Na minha época tinha uniforme, tinha merenda de qualidade, construímos dez creches, erguemos três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas. Só se quiserem fazer campanha da mentira. O PT não cumpriu 30% do plano de governo (a Prefeitura fala em 85%)”, citou. “As minhas ações foram sem ser do PT (para parceria federal). Eles tiveram três anos do PT (na União). Talvez tenham sofrido com falta de experiência. Eu passei por isso no começo.”

Aidan reiterou que faltam medicamentos nos postos de Saúde e falou que a crise nas finanças “não levou o governo a cortar o número de comissionados”. “Na crise tem de apertar o cinto, fazer o básico”, disse, citando que “não há como fugir de auditoria nas contas”.  




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