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Governo ignora riscos de crise energética no País
Leone Farias
Enviado a Brasília
08/11/2007 | 07:04
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O País tem atualmente energia garantida até 2012, afirmou nesta quarta-feira o presidente Luís Inácio Lula da Silva, que refutou que haja uma crise energética. “Um probleminha no Rio e já dizem que a energia acabou”, disse, referindo-se à redução no fornecimento de gás natural no Rio de Janeiro – que também ocorreu em São Paulo.

Em discurso realizado em evento da Petrobras no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Lula assegurou que a economia brasileira está sólida e que é preciso acreditar que não vai haver desabastecimento.

Na mesma linha, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que o crescimento econômico não será afetado por falta de gás.

Gabrielli, que chegou nesta quarta-feira de viagem à Bolívia, afirmou que, em função do cenário atual de normalização da regulamentação boliviana, a empresa vai investir para manter o nível de entrega de gás (de 30 milhões de m³ por dia) desse país.

O presidente da estatal afirmou que os encontros no país vizinho foram positivos a uma nova etapa de relacionamento, que deverão significar investimentos em produção e exploração naquele mercado.

No entanto, os planos para reduzir a dependência externa estão mantidos. A estatal investe US$ 18 bilhões na produção de gás até 2010.

Segundo o dirigente, a intenção é viabilizar, por meio do aproveitamento das reservas nacionais e da montagem de gasodutos e plantas de regaseificação, um volume adicional de 73 milhões de m³ por dia em 2012, além dos 30 milhões de m³ do país vizinho.

Distribuidoras - Em relação ao problema atual de fornecimento de gás no Rio e em São Paulo, Gabrielli afirmou que estão em discussão novos formatos de contratos com as distribuidoras que garantam volumes fixos e outros flexíveis para um planejamento melhor para o insumo.

Para o executivo, problemas que ocorrem de fornecimento para as concessionárias de gás (como a Comgás) são pontuais, por conta de dias sem chuva em que cai o nível de água das hidroelétricas e é preciso recorrer às termoelétricas.

“A demanda das termoelétricas é contratada em parte pela disponibilidade de energia e em outra pelo uso.” Dessa forma, quando não há chuva, a estatal tem de fornecer gás para essas usinas suprirem o mercado com eletricidade. “O sistema é inteligente, quando há falta de chuvas, as termoelétricas são utilizadas”, acrescentou o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner. (o repórter viajou a convite da Petrobras)




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