Automóveis Titulo Duas Rodas
Saiba como escolher o capacete

Devem ser observados o tamanho correto e o selo do Inmetro

Lukas Kenji
Especial para o Diário
22/02/2012 | 07:00
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Sem ele não há segurança. É item indispensável para qualquer motociclista. O capacete é o equipamento mais importante para viagem segura e não faltam opções dos mais diferentes estilos e modelos no mercado. Mas, você sabe o que tem de ser visto antes de comprar um? A equipe do Diário foi atrás desta resposta para os usuários de uma frota que não para de crescer e chegou aos 18 milhões em 2012.

Dúvidas não faltaram para o balconista Rodrigo Cardoso Pereira, 20 anos, na hora de comprar o primeiro capacete. Ele pilota há dois anos com o equipamento que ganhou como brinde quando comprou sua YBR 125 Factor. "Eu observei se o capacete tinha preço acessível e o selo do Inmetro", afirmou. 

A opção do motociclista foi correta. O primeiro cuidado na hora de procurar um capacete é saber se foi testado pelo Inmetro, que confirma a qualidade dos produtos comercializados no País. Os quesitos avaliados são impacto, sistema de retenção, viseira e descalçamento.

Usar o capacete no tamanho ideal também é imprescindível. O equipamento deve estar justo, de forma que não pode haver espaço entre ele e a cabeça, de acordo com o diretor comercial e de marketing da IRA Design, Caio Fontana. Segundo ele, o consumidor tem de se atentar também com relação à quantidade de entradas de ar para que a cabeça fique arejada, com ar renovado, e a viseira não embace. 

A viseira também deve receber atenção especial, sendo antirrisco e com espessura de 2 mm, pelo menos. 
Fontana alerta ainda para a forração do capacete, que deve ser antibacteriana, ajudando a conservar o produto.
Todos esses quesitos são necessários em qualquer que seja a escolha, independentemente de modelo ou beleza. Mas o bolso também pesa na hora da escolha em meio a opções que chegam a R$ 5.000. Segundo o Inmetro, a variação dos preços é baseada em padrões de durabilidade, conforto e estética, no mais são todos iguais.

Estilo é levado em conta

A beleza pode ser fator decisivo na escolha do capacete. Não basta segurança, o motociclista também gosta de qualidade visual estampando seu equipamento. "Tenho um capacete bem simples. Coloquei alguns adesivos para que ele ficasse mais chamativo. Mas assim que tiver oportunidade vou comprar um modelo que seja exclusivo", conta o repositor Felipe da Silva Lima, 19 anos. Pensando em consumidores como Lima, o mercado não para de fabricar modelos diferenciados, que investem no acabamento dos materiais, no design exclusivo e na pintura, que vai do fosco ao metálico.

Dentro desse universo, surgiram estúdios que personalizam capacetes, dando liberdade para a escolha da customização. O empresário Bruno Theil explica que a personalização é feita digitalmente desde a criação, o anteprojeto, até chegar às mãos do consumidor, o que leva de três a seis semanas. 

O valor da customização varia de acordo com a simetria, geometria e logomarcas do grafismo e do material usado para o acabamento. O preço parte de R$ 1.800 e chega a R$ 3.000.

Sem equipamento, sem segurança

"A ausência do capacete não deveria nem ser cogitada." Essa é a opinião do professor de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC Walter Fukushima. "Não se pode abrir brechas. Tem que ser cumprido o que a lei diz. Se não pode beber quando for dirigir, não beba, a mesma coisa vale para o uso de capacete, que é obrigatório", afirma.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, trafegar com motocicleta sem usar capacete gera multa de R$ 191,54, além de ter o direito de dirigir suspenso e a carteira de habilitação recolhida. Mesmo assim, não faltam exemplos de motociclistas que desrespeitam a lei e sofrem a consequência na pele. 

Fukushima diz que, diariamente, chegam ocorrências no centro médico em que trabalha de motociclistas que dirigiam sem capacete e se acidentaram gravemente.

"Além de infração de trânsito, trafegar sem capacete é irresponsabilidade. Mortes não são raras e lesões graves sempre acontecem porque a cabeça é atingida", diz Fukushima. O médico afirma ainda que o equipamento protege principalmente o crânio e a mandíbula, além de resguardar toda a face. 

Fukushima completa dizendo que conscientização nunca é demais e que outros itens também deveriam ter uso obrigatório. "A moto não tem sistemas de proteção como o carro. Então o cuidado tem de partir do condutor, que deveria usar outros equipamentos disponíveis para que o número de acidentes que tenham envolvimento de motociclistas seja cada vez menor."




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