Os nomes mais relevantes da política nacional e estadual não terão tanta relevância na eleição deste ano no Grande ABC quanto tiveram em pleitos anteriores. Convenhamos que o atual momento deles não ajuda, mas essas figuras também não fazem muita questão de participar. Presidente interino, Michel Temer (PMDB) vai evitar entrar nas disputas municipais porque já tem o imenso desafio de dar novos rumos ao País. Seu engajamento nas campanhas pode mais atrapalhar do que ajudar sua gestão. E, para os candidatos, não deve ser tão fundamental assim. A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) está mais preocupada em se defender no Senado e evitar o impeachment. E quem é que vai querer tirar foto ao lado da petista retirada temporariamente do Planalto? O ex-presidente Lula tem feito esforço, na medida do possível, para reverter a situação da pupila, que é complicada. Ele, no entanto, deve aparecer um pouco mais do que Temer e Dilma nas cidades. Mas seu potencial de transferência de votos diminuiu muito depois que acabou seu mandato, em dezembro de 2010, e de ter seu nome envolvido mais recentemente na Operação Lava Jato. Já o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que não faz um bom segundo mandato, tem por característica se esquivar de cotoveladas políticas. E muitos casos nos sete municípios haverá disputa entre candidatos de seu partido e de aliados. Não entrará em dividida. Assim, a corrida pelos Paços tende a ter característica mais municipal do que federalizada. São os candidatos a prefeito por eles mesmos. Salve-se quem puder.

BASTIDORES

Boi de piranha – 1
Em algumas reuniões com pré-candidatos a vereador do grupo governista de São Bernardo, o nome de Ramiro Meves (PSD) está sendo colocado como vice do candidato a prefeito pelo PT, Tarcisio Secoli. Com atuação nos bairros da Paulicéia e Rudge Ramos, ele quase fechou com a chapa de Alex Manente (PPS), mas o chefe do Executivo, Luiz Marinho (PT), conseguiu segurar os pessedistas no arco em conversa com Gilberto Kassab (PSD). Dentro da pré-campanha petista, Ramiro é considerado ‘boi de piranha’. Lançaram seu nome para ver qual a reação do eleitorado e da classe política. Se for bem aceito, entra de fato na briga para fazer parte da dobrada. Mas a definição do parceiro de Tarcisio deve ser anunciada mesmo no dia da convenção, em 5 de agosto.

Boi de piranha – 2
Em 2008, Giba Marson (então no PV) dormiu como vice na véspera da convenção e, na hora do anúncio, Frank Aguiar (então do PTB) foi aclamado na função. Em 2012 também foi esquisito. Tunico Vieira (PMDB) venceu uma votação interna entre os aliados a indicação de vice. Mas foi preterido por decisão pessoal de Marinho, que escolheu continuar com Frank.

Qual delas?
Pré-candidato ao Paço de Diadema, Vaguinho do Conselho (PRB) colocou como um dos itens para definir a vice a realização de pesquisa para ver quem agrega mais. Disputam a vereadora Cida Ferreira (PMDB) e presidente licenciada da OAB Marilza Nagasawa (PSC). Objetivo é ter essa definição antes do dia 29, quando ocorre a convenção partidária republicana. Certo é que a peemedebista não disputa mais reeleição à Câmara.

Estamos de olho
Cadê o ‘mapa das enchentes’, prefeitos? Custou R$ 1,5 milhão, pagos pelo Consórcio Intermunicipal, e o estudo até agora, depois de um ano de trabalho, não está completo.