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Propaganda eleitoral enganosa e abusiva
Beto Silva
12/07/2016 | 07:00
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O executivo da Rede Globo Gilberto Leifert acaba de ser reeleito presidente do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). Entre as suas missões para o atual mandato destaca a luta pela liberdade de expressão comercial e para que “a publicidade enganosa ou abusiva não cause constrangimento ou prejuízos a consumidores e empresas”. O mercado publicitário tem atenção de legisladores, agências reguladoras e organismos independentes. Estamos a 35 dias do início das campanhas eleitorais, que nada mais são do que a publicidade dos nomes e projetos de políticos que concorrem aos cargos de vereador e prefeito. E quem faz o controle sobre as ‘propagandas enganosas’ que certamente serão balbuciadas pelos candidatos? Ninguém mais do que o eleitor. A Justiça Eleitoral fica atenta, como é de sua atribuição, a apenas uma parte da divulgação. Os ataques injuriosos, por exemplo, podem ser alvo de ação judicial. Mas as mentiras, as promessas que não serão cumpridas e as falácias não estão sob controle oficial de qualquer órgão. Caberá apenas e tão somente ao eleitor discernir o que é ou não exequível. E não haverá qualquer punição se os compromissos assumidos pelos políticos não forem cumpridos. Não há Código de Defesa do Eleitor, não há Procon para o votante. Um prato cheio para a teoria de Henry Wells, um dos fundadores da American Express, em 1850, ser colocada em prática nas campanhas: “Publicidade é mentira legalizada”.

Mais vivo do que nunca
Informação correu solta ontem em Santo André: o vereador Montorinho (PT) havia morrido. E o petista teve de passar o dia desmentido o boato de mau gosto. Nas redes sociais, fez comunicado. “Boa tarde! Gostaria de esclarecer que os boatos que estão circulando a meu respeito não são verdadeiros, estou mais vivo do que nunca e exercendo meu papel de vereador da cidade em Santo André como nunca.”

Feriado polêmico
Vereador de São Bernardo, José Alves da Silva, o Índio (PR), protocolou projeto de lei para tornar feriado na cidade o Dia Internacional da Mulher, celebrado todo dia 8 de março. A luta das mulheres por seus direitos tem mesmo de ser exaltada, mas a proposta do republicano soou oportunista para colegas de Legislativo, pois trata-se de uma questão de abrangência mundial que o parlamentar visa dar contornos locais.

Telefonia
A sonda da Nasa denominada Juno entrou nesta semana na órbita de Júpiter. Ela está a 863 milhões de quilômetros de distância da Terra. A agência espacial norte-americana controla o aparelho, que envia informações e fotos. Enquanto isso, no Brasil, não conseguimos completar uma ligação de telefone celular para um amigo que está ali na esquina.

Estamos de olho
Cadê o ‘mapa das enchentes’, prefeitos? Custou R$ 1,5 milhão, pagos pelo Consórcio Intermunicipal, e o estudo até agora, depois de um ano de trabalho, não está completo. 




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