"Os atentados suicidas e os ataques de insurgentes aumentaram de forma dramática desde 2005 e provocaram a morte de quase 700 civis no ano passado", declarou Joanne Mariner, autora do informe da HRW publicado nesta segunda-feira.
"Os insurgentes cometem cada vez mais crimes de guerra, com freqüência contra civis. Até os ataques contra objetivos militares são geralmente tão imprecisos que os civis se transformam nas principais vítimas", acrescentou.
"As mortes do jornalista Adjmal Naqshbandi e do motorista Sayyed Agha por parte dos talibãs são crimes de guerra", disse em referência aos guias afegãos do italiano Daniele Mastrogiacomo, que permaneceu seqüestrado por alguns dias, que foram decapitados.
No total, 669 civis morreram em ataques de insurgentes, 230 em operações da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) ou da coalizão e quase 100 em tiroteios entre insurgentes e forças afegãs ou internacionais, segundo o relatório de 116 páginas da HRW.
Quase 190 ataques com explosivos provocaram as mortes de 500 civis, 272 deles em 136 atentados suicidas, de acordo com o informe da organização, que registrou 20 camicases em 2005, seis em 2004 e dois em 2003.
Pelo menos 117 insurgentes morreram assassinados ou em emboscadas, revela a HRW, que denuncia as ameaças de morte dos talibãs contra "aqueles que colaborarem com o governo ou as forças internacionais".
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