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Estado descarta cobrança na volta a Diadema

Decisão final sobre integração no trólebus será no fim do mês

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
15/02/2012 | 07:00
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O governo do Estado decidiu abrir mão do acréscimo de R$ 1 que seria cobrado dos passageiros que fizessem baldeação do Corredor ABD para as linhas municipais de Diadema no interior dos dois terminais do município. Ainda não foi decidido, no entanto, se o usuário terá de desembolsar o valor adicional para fazer a transferência no sentido contrário, do sistema municipal para o trólebus.

Em reunião realizada ontem na Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, foi adiado mais uma vez o prazo para definição do impasse. O imbróglio teve início em outubro do ano passado, quando a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) sinalizou à Prefeitura a intenção de encerrar o convênio assinado em 1991, que previa a integração gratuita.

Outro encontro deverá acontecer no dia 27, com a presença do prefeito Mário Reali (PT) e dos secretários de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, e Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. A negociação ocorre um dia antes do fim do período de aviso prévio de 90 dias emitido em novembro pela EMTU.

O convênio será encerrado em junho. Ao menos até o fim do mês a integração continua sendo gratuita. 
Mesmo sem garantir que cobrará pela conexão, o Estado deixa claro que haverá mudanças. "A questão de não cobrar ou cobrar depende muito da capacidade do Estado ou do município de fazer aportes de subsídios. O jogo é o seguinte: nada cai do céu. Ou paga-se através de recursos fiscais ou através da tarifa", explica Fernandes.

Sem condições financeiras, a Prefeitura antecipa que não poderá subsidiar a gratuidade. "Com 40 mil usuários ao dia e a R$ 1 cada, teríamos que gastar R$ 12 milhões ao ano. Essa é a capacidade de todo o investimento do município com recursos do tesouro", salienta Reali. O prefeito considera que a retirada da tarifa na volta já é um avanço. "Seria um absurdo o usuário gastar R$ 2 a mais por dia e todo esse dinheiro ir para a EMTU. Essa proposta chegou para a gente no início."

MOTIVOS

Segundo Fernandes, pesam na decisão do governo de cobrar pela integração os investimentos de expansão do Corredor ABD e as obras de repotencialização. Ele acrescenta que há diferença no número de passageiros que utilizam o sistema pela manhã e no fim do dia. "Dos cerca de 40 mil que pegam em Diadema, 13 mil não voltam. Pode ser que retornem por outro meio de transporte. Isso gera um grande impacto para nós."




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