Política Titulo Mauá
Donisete avalia acomodar PPS em secretaria

Partido é único da base que não tem espaço no primeiro escalão e pleteia chefiar Segurança Alimentar

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
10/04/2016 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A minirreforma administrativa promovida pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), por conta da eleição de outubro fez o petista avaliar conceder mais um espaço para partidos da base aliada no secretariado. Desta vez, o Paço negocia ceder o comando da Secretaria de Segurança Alimentar para o PPS, depois que o então chefe da Pasta, Marcos Filorio (sem partido) deixou o setor para preparar sua pré-candidatura a vereador.

A legenda popular-socialista já indicou o tesoureiro do diretório local, Claudecir Claiton Briante para comandar a Pasta, segundo apurou o Diário. Secretário de Governo e atual responsável interino pelo setor, Edílson de Paula (PT) confirmou a negociação. “O PPS fez o pleito (para assumir a secretaria), mas não tem nada definido ainda. Estamos avaliando”, ponderou o petista.

Desde o ano passado Donisete tem contemplado diversos partidos com secretaria com objetivo de amarrar apoio para o pleito de outubro, quando disputará a reeleição. O chefe do Executivo já alocou PTdoB, PDT, PTB, PRB e Pros no primeiro escalão. Uma das primeiras siglas a anunciar adesão ao projeto eleitoral do petista, o PPS foi o único que não ocupou cadeira no secretariado. A sigla não tinha representante na Câmara, mas em janeiro o vereador José Wilson Ferreira Silva, o Melão (ex- PDT), migrou para a sigla e abriu-se a discussão sobre o assumir secretaria.

Presidente do PPS de Mauá, Erismar Soares Clementino, o Mazinho, evitou cravar que o partido chefiará a Pasta, mas revelou que as conversas com o governo “estão adiantas”. “Ainda estamos conversando (com o prefeito). O governo deve enxergar o papel do PPS na administração”, afirmou Mazinho, que é assessor de Edílson na Pasta de Governo.

O dirigente disse acreditar que o apoio dado pelo PPS a Donisete, firmado no começo do ano passado pelo presidente estadual da sigla, deputado federal Alex Manente, não deva mudar, mas ressaltou que o cenário pode alterar “se houver diretrizes” da cúpula da legenda. No campo federal o PPS faz oposição ferrenha ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Manente, inclusive, é membro da comissão que avalia a admissibilidade do impeachment da petista, na Câmara dos Deputados, e é favorável à queda de Dilma.

Por conta da eleição, três secretários deixaram o governo rumo à vereança – a legislação eleitoral determina a desincompatibilização do cargo seis meses antes do pleito. Além de Filorio, saíram Chiquinho do Zaíra (PTdoB, Planejamento Urbano) e Carlos Tomaz (PTdoB, Segurança Pública). 




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