Política Titulo Diadema
Chance é zero, diz Reali sobre Filippi ser candidato

Presidente do PT em Diadema pavimenta Maninho como prefeiturável do partido em outubro

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/04/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Presidente do diretório do PT de Diadema, o ex-prefeito Mário Reali declarou ser “zero” a possibilidade de o ex-chefe do Executivo José de Filippi Júnior ser o candidato do partido à Prefeitura, em outubro. Ainda segundo Reali, o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, deve ser oficializado como prefeiturável da legenda na terça-feira, quando está marcada nova reunião na sede do partido.

Em encontro da cúpula da sigla ontem à noite, Filippi disse que não seria candidato, embora houvesse movimentação intensa para que ele concorresse pela quarta vez ao cargo máximo da política da cidade – Filippi foi prefeito de 1993 a 1996, de 2001 a 2004 e de 2005 a 2008. A expectativa é a de que, na terça-feira, o cacique peça união do PT em torno do nome de Maninho para impedir a reeleição do prefeito Lauro Michels (PV).

“Há série de motivos que fez o Filippi não querer ser candidato. O principal deles é que ele não incorporou totalmente esse projeto de candidatura a prefeito”, disse Reali, descartando relação entre a decisão de Filippi e a investigação da Operação Lava Jato contra ele pelo fato de o petista ter sido tesoureiro das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e de Dilma Rousseff em 2010. “A questão da Lava Jato até o motivou (a ir para as ruas), esclarecer tudo. Mas ele não quer. Diria que a chance de ele ser candidato a prefeito é zero.”

Filippi era considerado, no PT de Diadema, o único capaz de aglutinar todas as forças do petismo na eleição. Tanto que o vereador José Antônio da Silva e o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, que se colocavam como pré-candidatos em prévias internas, retiraram seus projetos e pediram que Filippi assumisse a frente da campanha. O ex-prefeito publicamente admitia a chance de concorrer ao Paço, mas confidenciou por diversas vezes a dirigentes do partido que não queria ingressar em mais uma corrida eleitoral. Ele não retornou aos contatos da equipe do Diário ontem para comentar o assunto.

Para Maninho, o momento agora é de unificar a legenda. “Quero unir o partido respeitando as forças políticas internas. Buscar união sem subserviência e com muito respeito. Precisamos ir às ruas e mostrar ao povo de Diadema tudo de bom que o PT fez pela cidade. Mostrar que todos partidos têm qualidades e defeitos.”

Diadema foi o primeiro município governado por um petista, Gilson Menezes, eleito em 1982 (Gilson agora está no PDT e diz que será candidato a prefeito). Entre 1982 e 2012, apenas uma vez o petismo perdeu o pleito na cidade, em 1996, quando o candidato foi José Augusto da Silva Ramos (hoje no PSDB, vereador e aliado do prefeito Lauro Michels) e foi superado justamente por Gilson. Na lista de prefeitos petistas estão Zé Augusto (entre 1989 e 1992), Filippi e Reali (2009 a 2012). Lauro impediu a reeleição de Reali em 2012 e pôs fim à hegemonia da sigla no município. 




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