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Consórcio cobra agilidade na entrega de testes da dengue

Região aguarda confirmação de 404 casos suspeitos; reunião com Instituto Adolfo Lutz será na terça-feira

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
13/03/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC promete cobrar, na terça-feira, agilidade por parte do Instituto Adolfo Lutz para a entrega de 404 resultados de testes de dengue que ainda aguardam confirmação. O órgão, ligado ao governo estadual e responsável pela testagem da doença, tem postergado a análise das amostras encaminhas pelas prefeituras com a justificativa de que possui quantidade insuficiente de kits de testes enviados pelo Ministério da Saúde.

A expectativa era de que os municípios do Grande ABC recebessem o parecer dos casos encaminhados no início do ano para o instituto na sexta-feira, o que não ocorreu. De acordo com o coordenador do GT (Grupo de Trabalho) de Saúde do Consórcio e secretário da área em Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, até ontem o instituto não havia se manifestado oficialmente sobre o atraso na entrega dos resultados. “Na terça-feira teremos reunião com membros da Sala de Situação Regional. Na ocasião, iremos pedir esclarecimentos e agilidade para a representante do instituto, que faz parte dessa comissão”, promete.

Conforme o Diário noticiou ontem, o instituto afirma que os 220 kits recebidos neste ano representam somente 7% do total de 3.000 solicitados desde outubro de 2015 ao Ministério da Saúde, que é responsável pela compra para todo o Brasil. Segundo o órgão, os materiais recebidos atendem cerca de 19.800 amostras de sorologia, das mais de 30 mil armazenadas, fora as que ainda deverão ser encaminhadas pelos municípios nas próximas semanas.

Já o Ministério da Saúde afirma que a situação dos testes sorológicos de dengue está regularizada. A pasta diz que entre fevereiro e março foram adquiridos 1.000 kits, Todos distribuídos para as secretarias estaduais. Ainda neste mês, nova remessa com a mesma quantidade deve ser adquirida.

No início de março, o Instituto Adolfo Lutz deu parecer parcial dos casos suspeitos de dengue na região. De 903 amostras repassadas desde o início do ano até a sexta semana epidemiológica, 599 testes foram feitos, sendo que 116 deles deram positivo para a doença.

Até o dia 27 de fevereiro, a região contabilizou 2.910 pacientes com suspeita de dengue.

AÇÃO - Visando combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. o Consórcio, em parceira com a Prefeitura de São Paulo, realizou ontem nova ação regional sobre o tema. Dessa vez, as atividades ocorreram na região do Jardim Zaíra, em Mauá, na divisa com Santo André e a Capital.

Aproximadamente 600 agentes participaram da ação visitando moradias do bairro para orientar a população sobre como identificar e eliminar os criadouros do mosquito.

Presente na solenidade, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), reforçou a importância do ato. “Esses eventos regionais são fundamentais para combater a proliferação do mosquito, principalmente nas regiões de divisa”, relata.

Para o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), a colaboração de todos os municípios tem mostrado resultado. “Percebemos que a população está mais consciente.”

De acordo com Homero, em virtude do aumento de casos de dengue em 2016, a Sala de Situação Regional, que analisa resultados da doença, será permanente. “Essa comissão continuará trabalhando ao londo do ano. Precisamos já pensar em 2017.”




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