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Bobby: nos bastidores de um trauma
27/07/2007 | 07:00
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Bobby é um filme do qual se sabe o fim sem que isso estrague o prazer de vê-lo. Bobby Kennedy será assassinado no desfecho, mas isso não tem a menor importância, mesmo porque o diretor Emilio Estevez se decidiu pelo pano de fundo da tragédia, focando a lente nos bastidores.

Bobby não é um documentário sobre o assassinato de Robert Francis Kennedy. É um filme sobre as expectativas dos liberais dos anos 60, depositadas em Bobby Kennedy, e obviamente frustradas por sua morte.

O filme, embalado por belas canções dos anos 60, mostra histórias cruzadas de 22 personagens, que tornam fervilhante o Hotel Ambassador, onde Kennedy está sendo esperado para o ato final de campanha nas primárias da Califórnia.

Os personagens são um funcionário do hotel aposentado (Anthony Hopkins) que joga xadrez com um amigo (Harry Belafonte); o gerente (William H. Macy) que trai a mulher (Sharon Stone) com uma telefonista; a cantora alcoólatra e decadente (Demi Moore) casada com um ex-baterista (o próprio Emilio Estevez) etc. No bastidor dos bastidores, a cozinha, discute-se beisebol entre imigrantes hispânicos e ocorrem cenas de racismo, devidamente punidas. Alguns membros da equipe de Kennedy se drogam e fazem experiências com LSD, fármaco que não poderia faltar em filme ambientado nos sixties.

São dramas, pequenas histórias entrecruzadas à maneira de Nashville, filme de Robert Altman no qual Estevez confessadamente se inspira.



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