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Lauro condena Kiko por ruptura e o chama de ingrato

Prefeito vê injustiça do ex-chefe do Executivo de Rio Grande após quebra de vínculo político

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
01/01/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), classificou o ex-prefeito de Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira (PSB) como “ingrato” ao falar sobre rompimento político de ambos antes da eleição do ano passado, quando Kiko fracassou na busca por cadeira no Congresso.

Formados politicamente nas fileiras do PSDB, Lauro e Kiko foram aliados por anos na região, se destacando por atuação antiPT. O ápice do elo ocorreu em 2012, quando o prefeito diademense convidou Kiko para ser secretário de Governo em sua gestão. O socialista integrou a gestão do verde até dezembro de 2013, quando decidiu entrar oficialmente na campanha por vaga na Câmara dos Deputados.

“O Kiko ficou chateado porque queria apoio exclusivo da administração, mas não veio para o PV. Expliquei a ele que não poderia. O meu partido pressionou por um candidato (o vereador Márcio da Farmácia entrou na disputa eleitoral). Eu já havia deixado de apoiar o (Gilberto) Natalini (postulante ao governo do Estado pelo PV, que ficou em quarto lugar) para aderir à reeleição do governador (Geraldo) Alckmin (do PSDB e vencedor do pleito). Não seria nada partidário da minha parte e ele não entendeu isso”, disparou Lauro.

Rompido com Lauro, Kiko passou a dar suporte ao projeto de pré-candidatura a prefeito de Taka Yamauchi (PSD). O ex-prefeito de Rio Grande, que vai concorrer ao Executivo de Ribeirão Pires, evita comentar publicamente sobre o episódio no território diademense.

“Meu adversário é apenas o PT. Não posso evitar que qualquer busque seu posicionamento político e concorra”, citou Lauro.

Na eleição de 2014, Kiko, que estava no PSC, conquistou 31.720 votos, que foram insuficientes para a sua eleição. Ficou na condição de segundo suplente do partido. Em Diadema, o mais votado entre os postulantes ao Congresso foi justamente Márcio da Farmácia, que angariou 33.571 adesões, mas que também não se elegeu.

OUTRAS PERDAS
Além do ex-prefeito de Rio Grande, Lauro contabilizou outras baixas no arco de aliados na formatação do processo de candidatura de 2016, quando tentará manutenção do mandato. Deixaram a base governista o PMDB, PRB e o PTB.

As derrotas fragilizaram a sustentação do verde, que viu sua administração em xeque na Câmara, depois de não conseguir aprovar projetos por não usufruir da maioria dos parlamentares.

Na sondagem realizada pelo DGABC Pesquisas, encomendada pelo Diário, há duas semanas, Lauro segue estacionado no segundo lugar, na preferência entre os eleitores. O chefe do Executivo foi superado pelos dois ex-prefeitos José de Filippi Júnior (PT) e José Augusto da Silva Ramos (PSDB), nos dois cenários estimulados.




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