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Queima de fogos traz malefícios aos pets

Barulho pode ocasionar problemas como tremor, diarréia e até mesmo convulsões nos animais

Leonardo Santos
especial para o Diário
31/12/2015 | 07:07
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Divulgação


Embora proporcione espetáculo de cores e luzes, a tradição dos fogos de artifício na virada de ano após a meia-noite pode trazer malefícios para os animais de estimação. Por terem audição sensível e aguçada, os pets se tornam vítimas da comemoração de Réveillon. Problemas como tremor, diarreia e até mesmo possibilidade de convulsões são passíveis de acontecer em função do forte barulho.

Puppy, a cachorra da estudante de Biomedicina Letícia Porto, 21 anos, de São Bernardo, fica apreensiva no fim do ano, revela a dona. “Sempre ficamos perto dela para acalmá-la. Ela treme demais”, conta. “Já vi algumas campanhas de proibição de fogos por causa dos animais, mas não dá para proibir uma tradição. É preciso tomar conta deles e não deixá-los com medo”, considera.

Segundo a veterinária Amanda Panangeiro, os cães têm tendência a desenvolver estresse, doenças e menor expectativa de vida devido ao barulho ocasionado pelos fogos de artifício. Outro problema comum é a tentativa de fuga, que pode resultar em graves acidentes, como atropelamentos, ou na perda do animal.

“Para evitar problemas, é necessário um trabalho comportamental com o animal desde filhote”, aconselha a veterinária. Segundo ela, o pet deve ter uma pessoa como referência de confiança e também um lugar para se esconder quando estiver com medo”, destaca.

“Penso nos cachorros de grande porte, que ficam nos quintais sozinhos”, comenta a estudante de Psicologia Marcela Luccas, 20, de São Bernardo. Ela tem uma cachorra da raça pug chamada Leela. “Como é fácil carregá-la no colo, ela sempre está com alguém na queima de fogos. Acredito que a presença dos donos influencia muito nesta época”, afirma.

Conforme a veterinária, há métodos que podem ser utilizados para acalmar os animais durante os fogos de artifício. Entre eles estão massagem, música relaxante, petiscos e comandos de obediência. “Esse treinamento deve ser feito todos os dias, não apenas no fim de ano. Em casos mais graves, os donos devem procurar um veterinário para medicar o animal com agentes psicoativos.”
 




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