Política Titulo Prefeitura em crise
Saulo pede reajuste de 15% no IPTU e de 12% na taxa de iluminação

Prefeito de Ribeirão diz que alta será pequena e benéfica, pois vai valorizar imóveis na cidade

Caio dos Reis
Especial para o Diário
23/11/2015 | 07:00
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O prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), protocolou na Câmara dois projetos de lei de elevação de tributos aos munícipes. As propostas do peemedebista visam aumentar em 15% o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e em 12% a taxa de iluminação pública.

Saulo defendeu as medidas, alegando defasagem de impostos e benefício futuro ao cidadão. “O aumento real é de apenas 5%, levando em conta a inflação de quase 10% do período. O estimulado se dá pelo baixo reajuste feito nos últimos anos, desvalorizando a PGV (Planta Genérica de Valores, base de cálculo do IPTU), que acabou ficando muito defasada. No fim, esse reajuste acaba até sendo bom para a população que vai ter o imóvel valorizado”, disse o chefe do Executivo, ao analisar o acréscimo do IPTU.

No caso da taxa de iluminação pública, o reajuste será feito no valor global. Em 2016, o gasto com manutenção será de R$ 11,2 milhões contra R$ 10 milhões deste ano. “Entendemos a crise, mas é uma recomendação da AES Eletropaulo, que está gastando mais com manutenção. Temos de repassar esse valor para não sair perdendo”, argumentou Saulo.

Em julho, o Paço ribeirão-pirense teve problemas com a empresa, que ameaçou cortar a energia de prédios públicos após atraso na quitação das parcelas de abril, maio e junho, que somavam dívida em aberto de R$ 1,2 milhão. Funcionários da AES Eletropaulo estiveram na cidade para cortar o fornecimento. Entretanto, acordo de última hora garantiu a permanência da luz nos setores administrativos do município.

Passando por momento delicado nas finanças, Saulo tem anunciado série de medidas de austeridade com o objetivo de diminuir gastos desde julho. Redução na jornada de trabalho dos comissionados, com corte de salário, eliminação de funcionários em funções gratificadas e extinção da Pasta de Cultura e Turismo foram algumas das ações. O objetivo é economizar R$ 2 milhões até o fim do ano.

Presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PSD) disse que ainda não tem previsão para os projetos serem apreciados na Casa. “Não sei se entram (em votação hoje). Vamos discutir bem antes de votar. Não tem necessidade de agilizar ou fazer na pressa. Tenho visto que esse reajuste proposto pelo governo aqui está parecido com as outras cidades, mas mesmo assim vamos analisar com calma”.




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