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Câmara de Mauá publica pela 3ª vez edital para contratar plano de saúde

Servidores da Casa estão há cinco meses sem serviços hospitalares

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
04/11/2015 | 07:00
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Depois de duas licitações fracassadas e quase cinco meses de impasse, a Câmara de Mauá republicou na quinta-feita edital, pela terceira vez no ano, para contratação de convênio médico para os servidores do Legislativo. O presidente da Casa, Marcelo Oliveira (PT), modificou as exigências para o certame e elevou em 100% a estimativa com o valor do contrato – saltou de R$ 1 milhão para R$ 2,1 milhões.

As duas primeiras concorrências, abertas em julho e em agosto, foram classificadas como desertas, ou seja, nenhuma empresa apresentou proposta para prestar serviços. Isso porque, de acordo com Marcelo, parte dos beneficiários do convênio é composta por servidor inativo (aposentado) ou funcionários na ativa que têm como dependentes idosos, o que geraria mais gastos para o plano. Dos 571 beneficiários (entre servidores e dependentes), 58 (10,8%) possuem mais de 59 anos.

“Não é má vontade minha (em concluir a licitação). Eu tenho preocupação para resolver isso o mais breve possível”, frisou o petista, que já descartou realizar contrato emergencial por temer ser punido no futuro pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Segundo o petista, o mesmo problema foi enfrentado na gestão de Rogério Santana (ex-PT, hoje sem partido), entre 2009 e 2012. “Ele demorou uns sete meses (para contratar o convênio)”. O contrato anterior, vencido em junho, era com a Santa Casa de Misericórdia de Mauá, no valor de R$ 832,8 mil anuais.

Além de dobrar a previsão de gastos com o contrato a ser celebrado, Marcelo também incluiu no edital garantias de que a Casa subsidiará a taxa de sinistralidade (aumento do uso do plano). Atualmente, o Legislativo paga por pessoa R$ 323, valor que está mantido no novo edital. “O patamar do mercado é esse. Temos de esperar a retirada do edital, com as propostas, para ver se teremos novos valores”, explicou o diretor-geral da Câmara, Mateus Martins Sant’Anna. A abertura dos envelopes está marcada para as 14h do dia 3 de dezembro.

O convênio com a Santa Casa terminou em 15 de junho e, segundo Marcelo, não poderia ser aditivado porque a empresa já prestava serviços há cinco anos. Desde o início do segundo semestre, funcionários do Legislativo mauaense estão sem convênio médico. A primeira tentativa de nova contratação ocorreu em julho e a última em agosto. Ambas fracassaram. 




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