Política Titulo São Caetano
Teto do prédio da Câmara cai mesmo após reformas

Intervenções na sede do Legislativo já custaram R$ 1,5 milhão; estrutura segue com problemas

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
09/09/2015 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Mesmo após passar por diversas reformas desde que foi reinaugurada, em 2009, a sede da Câmara de São Caetano, situada na Avenida Goiás, segue com problemas de estrutura. Por conta da forte chuva de ontem, parte do teto da sala VIP dos vereadores, localizada atrás do plenário, despencou. Os reparos no prédio do Legislativo já custaram pelo menos R$ 1,51 milhão aos cofres públicos nos últimos quatro anos.

Presidente do Legislativo,Paulo Bottura (Pros) negou que o buraco na estrutura de gesso do teto tenha sido motivado pela chuva, mas admitiu que os problemas no prédio “não poderiam ocorrer”. “Nós tivemos que recortar uma parte (do teto) para reparar vazamentos. O prédio é muito novo para sofrer complicações, mas, como toda construção, está fadada a falhas”, justificou Bottura, que em junho assinou aditivo prorrogando o prazo que a empresa Punto Engenharia e Construções Ltda tinha para concluir as intervenções na sede da Casa.<EM>

O contrato com a companhia custou R$ 800 mil e foi celebrado no ano passado pelo então presidente da Câmara, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria (PSB). A obra, que envolve reforma na rede elétrica, recuperação da estrutura de riscos e acabamentos, era para ter sido encerrada no primeiro semestre deste ano.

Reinaugurado em 2009, o prédio da Casa passou por reforma completa naquele ano. A obra fora orçada, em 2006, em R$ 6 milhões, mas passou para R$ 8 milhões três anos depois e, após sucessivos atrasos na entrega das intervenções, estima-se que as alterações custaram cerca de R$ 20 milhões.

De 2011 para cá, a sede do plenário são-caetanense passou por pelo menos mais quatro intervenções sob o comando de Sidão da Padaria. Em 2012, a mesma Punto Engenharia recebeu R$ 470 mil para realizar adequações no prédio para o aumento de vereadores – subiu de 11 para 19 parlamentares.

Em outubro do ano passado, o socialista pagou R$ 138,5 mil à empresa Eco Arquitetura e Engenharia só para formular projeto executivo de reforma. Na ocasião, Sidão alegou que as intervenções eram exigências do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), emitido em 2013. O documento, necessário para atestar a segurança do prédio, exigia correções na estrutura física do Legislativo

Além da sala dos vereadores atrás do plenário, o teto do rol de entrada da sede do Legislativo também está parcialmente afetado. 




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