O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, cotado dentro do PT para ser candidato a prefeito de São Bernardo, afirmou que há 90% de chance de o nome do petismo nas urnas ser o secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli. “Até eu tenho defendido que o Tarcisio seja candidato.”

O parlamentar, que também é presidente do São Bernardo Futebol Clube, é defendido fortemente por pelo menos metade da bancada de vereadores do PT na cidade e também pelos partidos que hoje compõem o arco de aliança do prefeito Luiz Marinho (PT).

“Há apenas um fato real nesta discussão: o fortalecimento da candidatura do Tarcisio. Não há disputa interna. Vejo que ele (Tarcisio) é 90% candidato. E só não é 100% porque o prefeito Marinho é quem vai ditar esse ritmo”, discorreu. “O Tarcisio é o mais preparado, reúne todas as condições de ser candidato competitivo e é quem vai conduzir o projeto de manutenção da transformação que o prefeito Marinho implementou em São Bernardo. Hoje, eu apoio Tarcisio Secoli como candidato”, emendou.

Nos bastidores do petismo, o que se comenta é que Luiz Fernando não tem mais articulado para ser candidato a prefeito, principalmente depois de ouvir do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o nome escolhido por Marinho precisa de bênção integral de militantes do PT. Porém, deixou avisado: quer participar ativamente da campanha – petistas interpretam o recado como exigência pela indicação da vice.

O grupo político de Luiz Fernando extrapola os limites do petismo e isso o favorece no processo de apresentação do vice a Tarcisio. Há pelo menos dez vereadores que orbitam em seu bloco político e que aguardam figurar como número dois da chapa governista.

Mas, na semana passada, Marinho comentou com a cúpula do Paço que pensa em ter nome de fora da política como companheiro de legenda de Tarcisio – o nome do presidente da subsecção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) são-bernardense, Luís Ricardo Davanzo, surgiu como possibilidade, embora o advogado garanta que seu foco atual é o mandato na entidade.

“Eu também defendo nome de fora da política, venho defendendo isso. Poderia ser um empresário, um médico, um advogado. Para que a sociedade civil se sinta realmente representada nesta candidatura”, disse Luiz Fernando, revelando, entretanto, que a ideia é levar essa figura longe de vícios eleitorais a partidos aliados. “Esse debate precisa ser feito, para colocar legendas aliadas neste contexto.”