Mandatário em exercício aguarda tucano para garantir manutenção dos salários parlamentares
Presidente em exercício na Câmara de Diadema, Talabi Fahel (PR) não deu andamento interno para derrubar o reajuste de 49% nos salários parlamentares, alta que valeria a partir de 2017. O republicano evitou levar adiante os trâmites burocráticos e vai esperar o retorno de José Dourado (PSDB), hoje licenciado, para que oficialmente o Legislativo enterre a proposta.
Aprovado no dia 16 por unanimidade, o aumento nos vencimentos causou forte indignação popular – o valor do contracheque saltaria de R$ 10.192,10 para R$ 15.193,27, impacto anual de R$ 1,26 milhão. Duas semanas depois, os vereadores, acuados, assinaram notas oficiais se comprometendo a trabalhar pela manutenção dos salários.
Pelas regras internas, há três possibilidades de congelamento do projeto de lei. O primeiro é assinar ato normativo suspendendo a sessão extraordinária que legitimou a majoração salarial (competência do presidente, neste caso); aguardar pela sanção da lei por parte do prefeito Lauro Michels (PV) para que projeto de lei vetando a proposta original seja apresentado; e esperar por caducar prazo de 30 dias para publicação oficial da legislação e fazê-la perder a validade.
Talabi também vai aguardar pelo retorno de Zé Dourado para decidir como funcionará o esquema de segurança na Casa no dia 6. Embora vereadores tenham se comprometido a derrubar a lei com o aumento de 49% nos salários, entidades e movimentos populares prometem ir à Câmara no dia 6 para fazer forte protesto contra a medida, aprovada às pressas pelos parlamentares.
Há temor na mesa diretora da repetição de confusão instaurada na sessão quando a Câmara aprovou projeto do governo Lauro Michels (PV) que permitia a terceirização da gestão da Saúde. À época, manifestantes entraram em confronto com guardas-civis municipais, que chegaram a utilizar gás de pimenta contra os munícipes.
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