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Estudantes economizam água

Projeto de escola de São Caetano consegue poupar 7.660 litros por dia e chama a atenção da Prefeitura, que pretende expandi-lo

Por Yago Delbuoni
especial para o Diário
22/07/2015 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


Em cenário no qual a palavra de ordem é poupar água, alunos do 9º ano da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Luiz Olinto Tortorello, em São Caetano, criaram dispositivo que economiza 7.660 litros de água por dia. E o melhor, com custo zero. A Prefeitura já estuda, inclusive, expandir a ação para as demais escolas da rede.

Aplicando o princípio de Arquimedes – todo corpo, quando colocado no ambiente aquático, desloca um volume de líquido equivalente à massa e o volume do seu corpo –, os estudantes colocaram uma garrafa de um litro cheia de água na caixa acoplada do vaso sanitário e, assim, economizaram um litro para cada acionamento da descarga. O professor de ciências Wilson Roberto Santana explicou como se dá o processo: “Se considerarmos uma caixa com oito litros, a capacidade passa a ser de nove e a eliminação, de apenas sete.”

Segundo Santana, o projeto ajudou os alunos a entenderem melhor a matéria aplicada em sala de aula. “Os estudantes partiram para a prática e mediram com uma régua o deslocamento da água. Ficou mais simples entender que essa força, o empuxo, existe de fato, apesar de eles a conhecerem apenas da forma teórica.”

O professor elencou os pontos positivos que, segundo ele, vão além da economiza de água em plena crise hídrica. “Fizemos a conscientização sobre a eliminação de resíduos sólidos, contribuindo para a educação ambiental. Além disso, qualquer um pode reproduzir em casa, sem custo.”

O diretor Vilson Debiazi, 46, citou que a iniciativa foi importante para a escola. “A partir do momento em que o professor disse que tinha um projeto a ser desenvolvido para economizar água, disse que poderia ser tocado, porque economia é nosso princípio. Antigamente, não recebíamos a conta de água. Agora recebemos para conferir o quanto conseguimos poupar.”

Debiazi afirmou que a Prefeitura já manifestou interesse em implantar o projeto nas demais escolas. Eles foram, inclusive, procurados também pode poder público de São Bernardo. “Isso nos deixa muito feliz, já que se o projeto for adotado em outras cidades, levará o nome da nossa escola.”

Outras disciplinas, como História e Matemática, também utilizaram a ação para fortalecer seus conteúdos didáticos. “Conseguimos entender que não é só na teoria que é possível ensinar. A prática ajuda e muito”, destaca o diretor.

A aluna Giovanna Gonçalves Fileto, 14, participou da iniciativa. “Conseguimos aprender muito mais e de forma mais fácil. Além de entender a matéria, ajudamos a sociedade ao pensar na questão da água.” Giovanna replicou o aprendizado em casa. “A conta já veio mais barata.”

Outro estudante que reproduziu o projeto em seu lar foi Gabriel Hernandes Ayres, 13. “Quando falei do dispositivo, minha mãe achou que eu estava louco, mas coloquei nos banheiros e estamos economizando mais”, garantiu.

O aluno, inclusive, conversou com o síndico do prédio onde mora para aplicar a ideia em todo o condomínio. “Ele colocou no quadro de avisos para que os condôminos possam replicar o projeto”, orgulha-se. 




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