A Festa Junina de Mauá pode ficar sem o tradicional quentão neste ano. Caso o projeto de lei do vereador Roberto Rivelino Ferraz, o Professor Betinho (PSDC) seja aprovado, estarão proibidos comercializar e consumir bebidas alcoólicas em eventos organizados pela Prefeitura e também nas instituições de ensino do município.

Na terça-feira a peça foi aprovada em primeira discussão no Legislativo.

De acordo com o parlamentar, o objetivo da matéria é dar "um bom exemplo para a juventude. "São dezenas de jovens embriagados e em coma alcoólico nas festas. Segundo o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) , cerca de 30, 40 jovens por dia tinham que tomar soro durante a Festa Junina", disse Betinho.

A fiscalização seria feita pela própria Prefeitura, por meio da Guarda Civil Municipal e outros órgãos, como a Comissão de Festejos e o Conselho Tutelar.

Na avaliação do democrata-cristão, não haverá perda de faturamento por parte dos comerciantes se a proibição passar a valer. "O comerciante não vai perder. Vai deixar de vender cerveja mas vai vender mais refrigerante", ponderou.

Como exemplo de eventos sem álcool que não têm perda de público, o vereador citou o "Festival do Chocolate", que ocorre anualmente em Ribeirão Pires. "Já virou uma tradição e as pessoas não vão deixar de acompanhar porque não tem bebida", disse Betinho.

Para tentar afinar o posicionamento com o Executivo, Betinho vai tentar se reunir com o secretário de Governo José Luiz Cassimiro para acertar as arestas do projeto. Cassimiro não foi encontrado para comentar o assunto para o Diário.

O prefeito Oswaldo Dias (PT) não quis antecipar o posicionamento do Paço. Segundo o chefe do Executivo, as discussões ocorrerão após a aprovação definitiva da Câmara - que deve acontecer na terça-feira. "Se está sendo votado, não vou me posicionar em cima do projeto de vereador. Tenho que respeitar o projeto dele. Vamos ver. Não vou antecipar posição", declarou Oswaldo.

REUNIÃO - O prefeito Oswaldo Dias retornou ontem à noite para Mauá após reunião em Brasília com outros 101 prefeitos do País de municípios com mais de 80 mil habitantes com orçamento per capta abaixo de R$ 1.000.