Imagine comprar um produto e, mesmo tendo reclamado mais de 20 vezes com a empresa responsável, não obter nada além da indiferença. Pois foi exatamente por essa dor de cabeça que passou o Água Santa com a empresa italiana Erreà, representada no Brasil pela Unghe, sediada em Curitiba. O clube gastou R$ 33 mil em lote de 500 uniformes completos, mas o material que chegou não foi aquele pedido. Além da qualidade inferior, as cores estão com outros tons e o escudo é completamente diferente daquele que o torcedor diademense está acostumado a ver. Por isso, o clube dá ultimato à empresa e deve iniciar ação judicial para reaver o dinheiro.

O contrato foi fechado em março. Esperava-se que uma prova viesse ao clube para que ela fosse aprovada ou modificada. No entanto, no fim de abril, depois de mais de um mês de espera, a transportadora chegou com as caixas e a dor de cabeça.

As reclamações foram feitas, mas isso de nada ajudou a resolver o problema. “Não há resposta”, chiou Paulo Longobardo, diretor jurídico do Netuno.

O último cheque de R$ 11 mil foi sustado pelo clube, que aguarda contato da Unghe para resolver a situação de forma amigável. Porém, a ação judicial não está descartada.

“O prazo é esta semana”, reiterou Longobardo. “Esperamos ser ressarcidos por isso, mas a chateação não paga. A intenção era estrear o uniforme na Série A-2”, lamentou Paulo Sirqueira, presidente do Água Santa.

O Diário entrou em contato com a Unghe, mas a empresa informou que o responsável está viajando e iria dar resposta hoje. (colaborou Dérek Bittencourt)