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Cumplicidade para salvar o São Caetano
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
14/09/2005 | 08:40
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A volta de Jair Picerni ao São Caetano marcou o reencontro entre o mestre e o discípulo. O treinador iniciou essa semana seu novo ciclo e pôde rever Claudecir, com quem possui uma grande afinidade desde 2000, quando projetou o Azulão ao cenário nacional, com o vice-campeonato da Copa João Havelange. "Me sinto completamente à vontade com o Jair Picerni, mas tenho de retribuir essa connesta quarta-feirança dentro de campo com um bom trabalho", afirma o volante, que ainda busca um espaço na equipe titular.

A relação entre os dois profissionais foi além da boa campanha em 2000. Mesmo após sua saída do São Caetano, Picerni lutou para contratar Claudecir em outro clube. "Estava no Palmeiras em 2003, mas fui negociado com o futebol japonês a pedido dos dirigentes e da torcida, que estavam pegando no meu pé. Após a conquista da Série B, o Jair fez questão de pedir meu retorno", lembra. Logo em seguida, o técnico deixou o Palestra e o jogador permaneceu no Brasil defendendo o Verdão.

Mais do que a amizade, Claudecir sonha em reviver com o mestre o período de glórias no Azulão. Porém, a atual situação não colabora para isso. "O torcedor precisa ter consciência que o grupo de hoje é bem diferente dos últimos anos. Daquele elenco, só restaram eu e o Sílvio Luiz. O time também vive outro momento. Luta para não cair na zona de rebaixamento".

Com essas mudanças no elenco, Claudecir e Sílvio, os mais antigos, terão um papel fundamental nas mãos de Jair Picerni, que está na cidade de Extrema (Sul de Minas Gerais) desde terça em concentração total com os atletas num hotel fazenda. "Sabemos desse excesso de responsabilidade. Mas o time do São Caetano é um grupo e todas as cobranças e alegrias devem ser divididas por igual", diz Claudecir.

Marca histórica – O São Caetano passou a maioria do atual Campeonato Brasileiro com um grande equilíbrio entre os gols marcados e sofridos. Com isso, o saldo se manteve zerado. Mas nas últimas rodadas, aliada às cinco derrotas seguidas, já aparece com números negativos – o time marcou 33 e levou 37, um saldo de -4.

E a queda do desempenho defensivo fez Sílvio Luiz atingir uma marca história – e negativa – com a camisa do Azulão. O goleiro, que está no clube há mais de sete anos, pela primeira vez aparece com mais de um gol sofrido por jogo. Na derrota em casa para o lanterna Paysandu (2 a 1), na última rodada, o camisa um viu a rede balançar pela 414ªvez, em 413 partidas disputadas pelo time do Grande ABC.




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