Lula destacou a criação de 830 mil empregos com carteira assinada entre janeiro e junho de 2004, o que configura a maior geração de vagas em 12 anos. "É lógico que é pouco, mas é o maior número desde 1992."

"E, se Deus quiser, segunda-feira os números haverão de melhorar. E, se Deus quiser, no próximo mês vão melhorar. E nós vamos chegar no fim do ano com uma surpresa agradável, vendo a economia crescer, o emprego crescendo e a massa salarial se recuperando."

O presidente reconheceu que dificilmente conseguirá cumprir a promessa de criar 10 milhões de empregos, feita durante a campanha eleitoral, mas se comprometeu a lutar para desempenhar o melhor papel à frente do governo. "E o dia em que encerrar o meu mandato, eu poderei sorrir diante de vocês e falar: cumpri com o meu dever, se não fiz tudo o que eu queria, eu fiz tudo o que podia ser feito pelas nossas crianças, pelo nosso trabalhador e pelo nosso povo."

Ao comemorar o resultado recorde na geração de empregos, Lula aproveitou para alfinetar os críticos de seu governo. "Isso é bom para mim. Isso é bom para vocês. Mas tem gente que não gosta. Tem gente que odeia que essas coisas estejam acontecendo porque tem gente que torcia que, na hora que nós ganhássemos as eleições, o Brasil ia acabar. E o Brasil nunca foi tão respeitado como é respeitado hoje."

"Vocês percebem que as coisas mudaram e vão mudar muito mais. Quando eu sou obrigado a dizer para as pessoas que é preciso ter paciência e persistência, é porque as coisas que não foram feitas ao longo de décadas não podem ser feitas ao longo de dias. É preciso construir", discursou.

Ele também destacou que o governo não se contenta "com um simples crescimento". "Porque nós não queremos crescer um ano e decrescer no ano seguinte. Nós queremos um crescimento sustentável, que a gente cresça este ano, que a gente cresça no próximo ano, que cresça no outro ano e que nós tenhamos, no Brasil, um ciclo de crescimento que possa dinamizar a economia, a ponto de gerar os empregos e a distribuição de renda, que é a razão pela qual nós criamos um partido político, é a razão pela qual nós disputamos as eleições e é a razão pela qual nós governamos este nosso país. É um crescimento sustentável e duradouro."

Ao falar sobre o trabalho "extraordinário" do Congresso, o presidente disse que a imprensa poderia pesquisar para descobrir se alguma vez os parlamentares trabalharam tanto quanto nos últimos 18 meses. "E até agora eles colaboraram de forma extraordinária para que o Brasil não tenha ausência de lei, não se ressinta da falta de lei que possa facilitar a governabilidade do nosso país."