O PSDB de Santo André tenta se apegar ao resultado obtido pelo senador tucano Aécio Neves à Presidência no ano passado e aposta em candidatura própria na eleição de 2016. O tucanato articula voo solo ao cogitar, inclusive, nome de fora da legenda para encabeçar a chapa. “Posso assegurar que teremos candidato a prefeito, principalmente diante do quadro político atual, tendo o PT no governo (Carlos Grana). No partido há sensação de forjar quadro interno, ou seja, compactuando alguém que se incorpore às nossas propostas”, alegou o presidente do diretório local, Ricardo Torres.

Dentro da sigla, o nome do ex-vereador Marcelo Chehade, mais votado do PSDB por vaga na Câmara em 2012, é cotado ao projeto, bem como de Desiré Callegari, superintendente do Hospital Mário Covas. Por outro lado, os parlamentares Ailton Lima (SD), Almir Cicote (PSB), Edson Sardano (PTB) e Roberto Rautenberg (PTB) estão na lista de sondagens pela linha de oposição à gestão petista. Ex-tucano, o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra (PSD), também aparece no rol de interesse de dirigentes.

A executiva andreense atua pela reconstrução do partido, que no último pleito local não conseguiu eleger representantes pela primeira vez na história e lançou candidato a vice, com o próprio Torres na dobrada com Raimundo Salles, então no PDT. “O cenário é diferente. Agora, quanto mais candidaturas, melhor para pulverizar a votação e forçar segundo turno”, projetou. O dirigente se manterá à frente da legenda até março, data das convenções e quando ele não poderá tentar outra reeleição, conforme estatuto nacional do PSDB.

O tucanato vislumbra que o sentimento antiPT se repetirá no páreo do ano que vem. Em outubro, no Grande ABC, berço do petismo, Aécio registrou 889.039 sufrágios, contra 642.327 da presidente Dilma Rousseff (PT), vencendo também em Santo André.