Política Titulo Santo André
Grana descarta troca no primeiro escalão para minar G-12

Prefeito de Sto.André prevê adequações em equipe ao alterar cargos de diretoria e assessoria, mas nega abrir espaço no secretariado à oposição

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/01/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Apesar do momento turbulento com a Câmara, o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), rechaçou mudanças no secretariado do Paço no início da segunda metade do mandato que visasse contemplar possíveis novos aliados ao governo e minar o G-12, ala de vereadores independentes. “Temos conversado com lideranças partidárias, mas ninguém apareceu com este tipo de demanda”, argumentou, despistando sobre nomes envolvidos no diálogo. “Pretendo construir debate de alianças (eleitorais) para 2016, porém é muito cedo para tratar agora desta pauta.”

Grana afirmou que “qualquer informação” neste sentido é “mera especulação”, embora existam tratativas entre Executivo e Legislativo no intuito de ampliar a base de sustentação. “Não houve reivindicações por cargo de primeiro escalão”, disse. No fim do ano passado, a administração petista perdeu maioria na Casa. Dos 21 parlamentares, apenas nove se autointitulam governistas. O Paço tenta contornar a situação negativa e espera diminuir a força do grupo – assim como aconteceu em 2013 – logo nas primeiras semanas de retorno das sessões, em fevereiro.

Mesmo com as negativas, há relatos, de bastidores, de conversas da cúpula do governo com integrantes da oposição. Um dos alvos seria o vereador Ailton Lima (SD), crítico à gestão do PT e potencial candidato à Prefeitura no pleito municipal do ano que vem – o espaço seria na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. A eventual composição com o oposicionista, presidente do diretório local do Solidariedade, canalizaria na participação no governo e em acordo por apoio político no páreo de 2016, desistindo de voo solo. Ailton não foi localizado para comentar o assunto.

Ao descartar abrir posto a parlamentares, Grana indicou apenas que deve promover modificações de quadros em segundo e terceiro escalões. “O que pode ter são adequações na equipe, em gerência, assessoria e diretoria. Mas com os secretários eu pretendo continuar, sem nenhuma alteração”, frisou. Até agora, o petista mexeu em somente duas Pastas nos dois anos de mandato. Leandro Laranjeira deixou a Comunicação para dar lugar a Ronaldo Feitosa (PT) e Raimundo Salles (PPS) saiu da Cultura, sendo substituído por Tiago Nogueira (PT). O cenário aumentou a inserção petista no alto clero do Paço.

As primeiras mudanças nos postos de menor expressão, colocadas como pontuais pelo prefeito, se deram na área de Saúde. “Executaremos pequenos ajustes no time. Um funcionário, por exemplo, sendo destacado para desempenhar outra função (na Prefeitura), nada político. Meramente de gestão administrativa”, ponderou. 




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