Economia Titulo Seu bolso
Inflação dos planos de saúde para a 3ª idade atinge 8,7%

Na região, famílias com idosos destinam quase 10% da renda para o pagamento de convênio

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
15/01/2015 | 07:16
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O plano de saúde continua com o posto de maior vilão do bolso dos idosos. Segundo o Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), esse tipo de despesa ficou 8,7% mais caro em 2014. No mesmo período, o IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor – Terceira Idade) apresentou alta de 6,62%.

“As variáveis de maior peso dentro do IPC-3i são planos de saúde e medicamentos”, observou o economista do Ibre-FGV André Braz. No caso dos remédios, a alta foi inferior à inflação, de 3,7%. Porém, destacou o especialista, “os planos de saúde venceram a inflação, subiram 8,7%, e, de fato passam a onerar mais as famílias com idosos”.

Na região, o impacto do aumento dos planos médicos é muito significativa, destacou o gestor do Inpes-USCS (Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano), Leandro Prearo. Isso porque essas despesas representam, em média, 3% do orçamento mensal dos domicílios das sete cidades. Reduzindo o recorte apenas para as famílias que têm idosos, o comprometimento chega a 9,1%.

“De forma geral, na média, quase 10% da renda são pesados. A gente está falando que a cada R$ 10 que entram no bolso dessas famílias, R$ 1 é gasto com plano de saúde. E uma inflação maior nessa rubrica causa impacto muito grande na remuneração desse indivíduo, que já não é das maiores, pois muitos dependem do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)”, explicou Prearo.

Em valores monetários, conforme recorte da Pesquisa Socioeconômica do Inpes-USCS, o gasto médio mensal da região com plano de saúde é de R$ 134. Considerando apenas os domicílios que contam com ao menos um idoso, essa despesa chega a R$ 380 em média, ou seja, é 183% maior.

Prearo destacou ainda que 40,3% das famílias do Grande ABC contam com o plano de saúde. Ao considerar apenas as residências com idosos, são 57,1% com o serviço privado. Segundo a pesquisa, as famílias nessas condições avaliaram com nota 4,7, de zero a dez, o sistema público de Saúde na região. 




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