A reforma do secretariado do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), deve ser iniciada com as trocas dos comandos das Pastas de Cultura, hoje chefiada por Osvaldo Oliveira Neto, e Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, liderada por Jefferson José da Conceição.

O chefe do Executivo são-bernardense vem realizando ao longo dos últimos dias reuniões individuais com os chefes dos departamentos. O objetivo é fazer análise de cada um para efetuar alterações no secretariado.

Na Cultura, a troca não é surpresa, pois há muita contestação em torno do trabalho da atual equipe. A Pasta, inclusive, é uma das mais críticas do governo Marinho, tendo sofrido várias alterações de comando desde a primeira nomeação, com Paulo Frateschi, em 2009, no primeiro mandato do prefeito – o vice Frank Aguiar (PMDB), Leopoldo Nunes e Neto ficaram no comando do setor.

No Desenvolvimento Econômico, a mudança surpreende. Comenta-se que as razões não são direcionadas a problema de gestão, Marinho indicou a interlocutores desejo de dar novo conceito à secretaria na parte final de seu governo. Jefferson possui estreita ligação com o movimento sindical – do qual Marinho também é oriundo – e com o secretário de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, um dos possíveis prefeituráveis do PT em 2016.

“Mudança de secretário pode sempre haver”, sinalizou Marinho, indicando as alterações nos próximos meses.

Na semana passada, a administração do petista registrou baixa na Secretaria de Finanças. Alexandre Cialdini, mentor do aumento da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços), deixou a Pasta para trabalhar no governo do Ceará, a convite do governador eleito Camilo Santana (PT). Em seu lugar, Marinho nomeou, de forma interina, Paulo José de Almeida, que trabalhava como adjunto. “Ainda não analisei se vou chamar alguém ou ele (Almeida) fica definitivamente (em Finanças). Vou conversar ainda sobre isso (manutenção no cargo)”, pontuou Marinho.

Apesar de mudanças à vista no primeiro escalão, Marinho vai bancar a permanência de Cleuza Repulho (PT) à frente da Educação. Ela é ré em ação civil pública proposta pelo Ministério Público, que apontou superfaturamento na compra de tênis e mochilas a alunos da rede pública em 2010 e 2011. Segundo o MP, ao menos R$ 4 milhões foram desviados com licitações dirigidas.