Com obras paralisadas, o Hospital da Vila Luzita, em Santo André, está sem prazo de inauguração neste momento. As promessas já expiraram pelo menos em quatro ocasiões, iniciadas pelo ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), que começou a edificação em 2011. A meta do governo Carlos Grana (PT) agora virou entregar dentro deste mandato, com fim em 2016. Diante de encerramento do contrato, o problema principal é que não existe qualquer intervenção no local há aproximadamente seis meses e continuará assim até a escolha de nova empreiteira para executar o restante da construção.

A administração petista aguarda a liberação de R$ 6,9 milhões da União, por meio da Caixa Econômica Federal, para conseguir finalizar a obra, atualmente semierguida. No total, são R$ 7,5 milhões, sendo R$ 600 mil contrapartida municipal. O Ministério da Saúde atendeu à solicitação do Paço de captação de verba no fim do ano passado, porém até agora a transferência não foi efetivada. Ainda no trâmite burocrático, a Prefeitura “entrou na fase de apresentação de projeto”, além de todos os documentos pedidos pelo banco público, para alcançar repasse do montante.

Somente após análise e avaliação da proposta, terá início a abertura de novo processo de licitação. Em 2013, segundo o Paço, “houve a necessidade de interrupção por falta de recursos financeiros” para sua conclusão e também para readequação do projeto a novo tipo de atendimento, que será destinado para casos de pacientes crônicos, com internação de longa permanência. Antes, estava prevista uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Diante da dificuldade econômica, o governo negociou patrocínio junto ao governo federal.

Como depende de aval da Caixa, não há previsão de quando as intervenções serão retomadas na unidade, localizada na esquina da Avenida São Bernardo com a Rua dos Cocais, ao lado do PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita, reduto de Aidan. “Tivemos problemas no contrato (com a empreiteira anterior) e agora precisaremos fazer outro certame, o que deve atrasar um pouco a nossa estimativa”, alegou Grana. A empresa que prestava serviços, até então, era a FIG Incorporadora e Construtora.

O prognóstico de Aidan era colocar o hospital em funcionamento no início de 2012. Após essa primeira data adiada, houve sucessivas prorrogações. Em diversas situações, justamente por interrupção das obras. A última sinalização, feita já pelo governo Grana, era operar o centro de Saúde no segundo semestre deste ano. A Prefeitura andreense já investiu R$ 3,5 milhões no espaço.