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Assessor de Lula se afasta após ter nome envolvido com dossiê
Por Do Diário OnLine
18/09/2006 | 14:15
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Freud Godoy, o assessor especial da Secretaria Particular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pediu o afastamento de suas funções por tempo indeterminado depois de ter o seu nome envolvido na suposta compra de um dossiê contra o ex-ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso e candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB).

Freud foi apontado por Gedimar Pereira Passos, preso na Superintendência da PF (Polícia Federal) em São Paulo, como representante do PT para a compra do dossiê. Passos foi detido na última sexta-feira juntamente com Valdebran Padilha da Silva em um hotel na capital portando R$ 1,7 milhão que seriam utilizados para a compra do material contra Serra, que consistia em fotos e vídeos da participação do tucano na entrega de ambulâncias em 2001. Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, também aparece em algumas imagens.

Em entrevista ao Jornal Hoje (Rede Globo), Freud admitiu que conhece Gedimar e que se encontrou com o mesmo por pelo menos quatro vezes. No entanto, ele rechaçou veementemente que tenha negociado a compra do dossiê e admitiu colocar seu sigilo bancário à disposição da Justiça para auxiliar nas investigações. “Eu quero ver ele (Gedimar) provar isso”, disse.

Freud Godoy afirmou que conversou com Lula e explicou que não tem ligação com o escândalo e que o presidente pode “dormir tranqüilo porque eu tenho como provar que não tenho nada a ver com isso”. “Lula ficou muito preocupado com isso e me perguntou o que estava acontecendo”, declarou Freud.

Ele disse ainda que vai se apresentar espontaneamente à PF por volta das 17h para prestar esclarecimentos sobre as denúncias.

Dossiê – Na última sexta-feira, Gedimar e Valdebran foram presos pela PF em um hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão que seriam utilizados para a compra dos documentos contra José Serra. Valdebran é filiado ao PT do Mato Grosso e responsável por arrecadação de fundos para campanhas.

Em Cuiabá (MT) foram detidos o proprietário da Planam e líder da ‘máfia das ambulâncias’, Luiz Antonio Vedoin, e seu tio Paulo Roberto Dalcol Trevisan, que seria o negociador do dossiê. De acordo com a Rede Globo, o valor inicial negociado seria de R$ 20 milhões, mas fechado em R$ 2 milhões.

Parte do dinheiro que seria utilizado para pagar os documentos viria de uma revista interessada em publicar o material. Na última sexta-feira, a Isto É divulgou uma reportagem sobre o assunto.




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