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Documentário foca sucesso e irreverência dos Mamonas
Por Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
18/03/2010 | 07:00
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Quando vemos um cometa é difícil esquecer a cena. Foi com essa força que o grupo Mamonas Assassinas surgiu em 1995 e se tornou um dos maiores fenômenos musicais do País. O espantoso sucesso é retratado no documentário "Mamonas Para Sempre - O Doc", de Claudio Kahns, que se dedica a lembrar a alegria e irreverência dos músicos sem se preocupar em discutir as causas do acidente aéreo que matou todos os integrantes em 1996.

O filme estreia no "In-Edit Brasil - 2º Festival Internacional do Documentário Musical", com sessões no domingo, no Auditório Ibirapuera; na terça, na Galeria Olido; e no dia 26, no Museu da Imagem e do Som, todas em São Paulo, com ingressos entre R$ 0,50 e R$ 10.

Formada por Dinho (voz), Bento (guitarra), Júlio (teclados e voz), Samuel (baixo) e Sérgio (bateria), a banda de Guarulhos - origem que eles faziam questão de ressaltar - teve uma carreira-relâmpago de dez meses. O curto tempo foi suficiente para vender 2 milhões de seu único disco.

O documentário conta a história dos amigos desde quando ainda atendiam pelo nome Utopia. A linha séria tomada pelo grupo não fez sucesso, então optaram por se divertir e trabalhar com o que faziam de melhor: falar besteira. Deu certo e logo assinaram contrato com uma gravadora e foram para os Estados Unidos para as gravações. Aliado a influências que misturam estilos como heavy metal, forró, pagode, sertanejo e punk rock, o lado cômico dos amigos deu origem aos hits "Pelados em Santos", "Robocop Gay", "Vira-Vira" e "Mundo Animal", entre outros.

Aproveitaram a viagem aos Estados Unidos e compraram jaquetas espalhafatosas, chapéus e camisas engraçadas que se tornariam marca registrada. Relatos de amigos, produtores e familiares completam o material.

O repentino sucesso deu início a acontecimentos curiosos. Para dar conta do grande número de shows, começaram a voar de jatinho e adoraram a ideia de poder fazer duas ou até três apresentações no mesmo dia e ainda poder dormir em casa. A popularidade era tamanha que a Globo chegou a lhes oferecer contrato de exclusividade por três anos. Outro fato é a existência de um pacto de que os integrantes não podiam namorar, o que atrapalharia nas bagunças e festas nas estradas. A promessa foi quebrada por Dinho quando ele conheceu a modelo Valéria Zopello - a união dos dois chegou a ser assunto de sérias conversas internas.

Um dos momentos mais emocionantes relata o retorno triunfal do Mamonas Assassinas a Guarulhos. Cinco anos antes disseram para eles que jamais iriam tocar no principal ginásio da cidade. Um enfurecido Dinho começa forte discurso sobre como seus sonhos podem se realizar.




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