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Mulheres como elas são
Márcio Maio
Da TV Press
07/09/2008 | 07:01
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Tudo tem de ser natural nas gravações do Mulheres Possíveis, do GNT (Net, Sky, TVA). Disposto a desmitificar as celebridades e aproximá-las ao máximo de pessoas comuns, o programa contrapõe a vida de uma mulher famosa com a de outra que vive longe dos holofotes. E, para garantir esse resultado, a apresentadora Ingrid Guimarães faz questão de não ter qualquer contato com suas convidadas antes de pegar no batente.

No episódio que vai ao ar no próximo dia 13, ela encontra a atriz e cantora Marjorie Estiano na praia, com as câmaras ligadas, e as duas seguem caminhando em direção ao ponto escolhido para o bate-papo. No caso, uma padaria 24 horas da Barra, Zona Oeste do Rio.
"A proposta é pegar uma situação rotineira. Eu sempre passo nesse lugar porque sei que vai estar aberto a qualquer hora que eu saia de uma gravação ou de um show", justifica Marjorie.

Ingrid decidiu nesta segunda temporada investir em tudo o que deu certo na primeira. E, segundo ela, os maiores elogios recebidos pelo público foram justamente para a espontaneidade e a naturalidade de celebridades e de anônimas. Para garantir isso, os roteiros praticamente só determinam o programa estruturalmente. Todo o resto é improvisado. Tanto que o bate-papo com as entrevistadas não segue qualquer ordem pré-estabelecida.

"É tudo meio que na intuição. Um assunto puxa o outro e, quando vemos, estamos discutindo coisas que nem estavam previstas", explica Ingrid, completando que não deixa de fazer o dever de casa, que consiste em uma boa pesquisa sobre a vida de quem vai entrevistar. O que para a edição do programa acaba sendo sinônimo de muito mais trabalho. "Em alguns casos, a Ingrid se empolga tanto que terminamos um dia de gravação com 18 horas de vídeo que temos de editar para chegar aos 24 minutos do programa", exemplifica o produtor executivo Gian Carlo Barone.

Acostumada a se envolver completamente em todos os seus projetos, Ingrid chega a comandar as gravações tanto quanto o diretor Luciano Oreggia. Ele admite que, na maioria das vezes, a apresentadora já chega com a solução para vários problemas que aparecem em um dia normal de gravações. "Isso é ótimo porque tenho mais tempo para me dedicar à parte técnica", valoriza Luciano, que também aproveita para tomar mais cuidado com as esquetes gravadas com a apresentadora, a celebridade e a anônima.

Para contrapor a vida de Marjorie, a escolhida foi Fabiana Cândido, produtora e apresentadora da TV Roc, canal comunitário da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. "O maior barato disso tudo é que a celebridade e a mulher que não é publicamente conhecida são colocadas no mesmo peso. Eu me sinto valorizada", elogia Fabiana, enquanto ensaia sozinha seu papel na esquete.

Para cada temporada de 13 programas são pré-selecionados 20 nomes para aprovação. Tanto o GNT quanto a Natura, empresa de cosméticos que patrocina o Mulheres Possíveis, são responsáveis por dar o ‘ok' final antes de começarem os contatos para as entrevistas.

"As pessoas não sabiam qual era a proposta e algumas ficavam com receio. Mas agora a maior parte das convidadas já assistiu à primeira temporada e sabe do que se trata", explica Marcela Altberg, produtora, enquanto tentava agendar uma gravação com Ivete Sangalo. Que, aliás, foi confirmada, e deve encerrar a temporada de 2008.

O Mulheres Possíveis vai ao ar aos sábados, às 21h30, com reprises aos sábados, às 3h30; domingos, às 14h; quintas, às 11h; e sextas, às 23h30.




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