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NSync lança terceiro álbum
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
29/07/2001 | 18:05
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O grupo NSync, que como Britney Spears fez uma vergonhosa apresentação apoiado em playbacks, na última edição do Rock in Rio, lança nesta segunda seu terceiro CD, Celebrity (Zomba/Som Livre, R$ 25 em média).

O disco, quando comparado ao trabalho de outras bandas de garotos, até que merece uma nota razoável. É um álbum bem produzido, alegre e dançante, que traz alguma dose de criatividade.

Talvez o melhor exemplo esteja em The Game is Over, faixa que traz barulhinhos típicos das máquinas de pinball, fazendo um bom casamento com a letra.

Na música Pop, que abre o disco, o namoradinho de Britney Spears, Justin Timberlake imita instrumentos de percussão com a boca. Foi com essa mesma atitude, aliás, que o rapaz provocou um dos pontos altos da cronometrada apresentação do grupo na Cidade do Rock.

Pop tem, ainda, a assinatura de Justin como um dos compositores. É nesta faixa que ele desabafa seu desgosto com as críticas que fazem do NSync e tenta revelar um pouco do espírito alegre e pop do grupo.

Mas, enquanto bandas como esta existirem, interpretando o mesmo repertório pasteurizado, vai ser difícil saírem da posição de “vidraça”. Girlfriend, por exemplo, é uma canção óbvia. Típica baladinha chorosa na qual o rapaz pede para que a menina largue de vez o garoto insensível que nem gosta dela de verdade.

Something Like You até conta com a ilustre participação de Steve Wonder na gaita. Ainda bem que foi só no instrumento, senão sua interpretação poderia “engolir” os rapazes, como ocorreu com Mariah Carrey e o Westlife.

Celebrity, que também dá nome ao disco, é a síntese do álbum. Trata-se de uma composição “visual”, que logo remete os ouvintes à imagem da performance do quinteto. Todas são assim, afinal sem performance, sem a beleza dos rapazes, o que seria do NSync?

Nesse sentido, a boa notícia para as fãs é que o encarte é repleto de fotos. Tem do grupo todo e de cada um, separadamente, em momentos íntimos – comendo, tomando café, fazendo compras no supermercado, dormindo etc.

Aquela imagem (que não está no CD) dos cinco presos em cabos de aço e descendo para o palco no Rock in Rio, feito marionetes, talvez seja o melhor símbolo da realidade do NSync. Eles fazem parte de um esquema todo voltado para o lucro, no qual o que vale é encher os olhos do público. A arte, bem, essa é só um mero detalhe. Afinal, o público adora, e eles já venderam 15 milhões de cópias no mundo.




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