Os metalúrgicos das fábricas da Volvo e da Renault/Nissan, na região metropolitana de Curitiba (PR), cruzaram os braços na quarta-feira por cerca de duas horas para pressionar as empresas a apresentarem proposta de reajuste salarial que atenda as reivindicações da categoria.

Os cerca de 8.000 trabalhadores das montadoras atrasaram a entrada dos turnos da manhã para participar de assembleias em frente às fábricas. Eles pedem 12% de aumento salarial, 15% de reajuste no piso da categoria e 50% de aumento no abono.

As negociações são feitas diretamente com as empresas, ao contrário dos metalúrgicos de São Paulo, onde o interlocutor é o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Além da paralisação, os trabalhadores acenaram com a possibilidade de greve por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana, foi dado prazo de 48 horas para a Volvo apresentar proposta. Porém, a empresa ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

Uma assembleia já foi marcada para às 8 horas de hoje. Se a proposta da empresa não agradar aos trabalhadores, a assembleia pode aprovar greve por tempo indeterminado.

Segundo sindicalistas, os trabalhadores da Volvo também querem novas faixas de cargos e salários, garantia de estabilidade para dirigentes sindicais e aumento do vale-mercado.

Na Renault/Nissan, os funcionários rejeitaram a proposta apresentada pela empresa de 7% de reajuste salarial (4,29% de reposição da inflação e 2,6% de aumento real).

As assembleias de metalúrgicos das montadoras estão marcadas para hoje e os sindicalistas acenam com a ameaça de greve por tempo indeterminado na segunda-feira.