Economia Titulo Grandes obras
Copa do Mundo impulsiona
negócios no Grande ABC

Fabricante de bombas de água, que tem sede em S.Bernardo,
produz equipamentos para estádios em todo território nacional

Leone Farias
Diário do Grande ABC
13/04/2013 | 07:03
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A Copa do Mundo de 2014, no Brasil, está ajudando a aquecer segmentos como a indústria da construção civil e a hotelaria, por causa das obras relacionadas ao evento (estádios, aeroportos e vias de acesso) e também pelo apelo turístico do Mundial. Na esteira do crescimento dessas áreas, uma empresa que tem sede em São Bernardo, a Grundfos do Brasil, registra forte impulso em suas vendas neste ano.

Fabricante de bombas de água - produto que tem diversas aplicações (em sistemas de ar-condicionado, como parte da estrutura predial contra incêndio, e ainda em irrigação, drenagem, pressurização em banheiros e cozinhas, entre outras), a companhia registrou R$ 21 milhões em vendas no primeiro trimestre, crescimento de 29% no faturamento, frente ao mesmo período de 2012, principalmente por causa de projetos relacionados à Copa.

Desde o fim do ano passado até agora, a Grundfos já fechou contratos para fornecer seus equipamentos aos estádios Arena Recife (Pernambuco), Itaquerão (São Paulo), Mineirão (Belo Horizonte), Fonte Nova (Salvador), Mané Guarrincha (Brasília), Beira Rio (Porto Alegre) e Castelão (Fortaleza).

Ainda não há definição dos vencedores da concorrência no Arena do Amazonas (Manaus), e no Presidente Dutra (Cuiabá) e na Arena da Baixada (Curitiba), mas a empresa também espera atender pedidos para esses locais.

Todos os contratos fechados geraram cerca de R$ 6 milhões em bombas, que vão atender, por exemplo, os sistemas de irrigação e drenagem dos campos e o ar-condicionado dos camarotes e de áreas de restaurantes, explica o diretor-geral, Sandro Sandanelli.

A empresa trabalha também de olho em projetos de hotéis. "As construtoras fazem e entregam para as redes operarem. Trabalhamos nas duas frentes, com quem constrói e também com as redes", diz o executivo, que calcula haver atualmente cerca de 50 projetos hoteleiros só no Estado de São Paulo.

Com todos esses negócios em potencial relacionados à Copa, a companhia espera fechar contratos da ordem de R$ 25 milhões, até 2014. Para o fechamento de 2013, a meta é alcançar 25% de crescimento ante o ano anterior, quando registrou R$ 80 milhões de faturamento, comercializando por volta de 45 mil bombas.

Há ainda outro segmento da construção civil que deverá mostrar aquecimento, o de saneamento básico, de acordo com os planos anunciados pelo governo federal. No PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, está prevista a alocação de R$ 29 bilhões para essa finalidade em áreas urbanas do País. "Nessa área, como a maioria das empresas é estatal, não há cronograma muito confiável, mas a expectativa é de grandes investimentos", assinala Sandanelli.

 

 




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