Candidato do PV ao Senado, o indígena Kaká Werá esteve ontem em São Bernardo para iniciar articulação regional com objetivo de começar a pontuar nas pesquisas de intenções de voto. Nos mais recentes levantamentos eleitorais, Kaká Werá não foi lembrado pelo eleitorado e está bem distante da briga pela cadeira no Senado, hoje protagonizada pelo ex-governador paulista José Serra (PSDB) e pelo senador Eduardo Suplicy (PT), que busca reeleição.

“Foi crucial (a reunião) com os integrantes do PV da região para que eles conheçam mais um pouco nossas propostas ao Senado. Pode haver maior mobilização”, considerou o candidato ao Senado. O encontro reuniu 30 pessoas em escritório nos arredores da Avenida Kennedy, no Jardim do Mar.

Durante a atividade, Kaká Werá detalhou discurso que pretende adotar na campanha: quebra de tabus e discussão de gêneros. Ele exaltou o fato de seu primeiro suplente na coligação, Jean Nascimento, ser negro e homossexual. “O PV sempre defendeu o respeito às escolhas pessoais. Nossa chapa representa manifestação histórica de respeito à diversidade.”

Coordenadora regional do PV, Vera Motta afirmou que haverá outros atos para difundir a candidatura de Kaká Werá no Grande ABC. “Ainda teremos outras atividades com o Kaká na região que contribuirão ao crescimento dele nas pesquisas.”

O PV terá candidatos próprios à Presidência da República e ao governo do Estado. Na corrida presidencial, o ex-deputado Eduardo Jorge terá missão de deixar a sigla no protagonismo do pleito, o que foi visto em 2010 com Marina Silva (ela recebeu, há quatro anos, 20 milhões de votos; agora está no PSB, ao lado de Eduardo Campos). “Faremos grande ato com o Eduardo (Jorge) com coquetel que lembre bastante a cultura indígena”, adiantou Vera.

Já na eleição estadual, a legenda lançou o vereador paulistano Gilberto Natalini.