O arquiteto José Carlos Ribeiro, 58 anos, é dono de terreno na Rua Grã Bretanha, no Parque das Nações, Santo André. Há 15 anos, quando comprou a área, localizada atrás do Parque Escola, sabia que uma rede pluvial passava por baixo do local.

Há um ano e meio, quando aprovou junto à Prefeitura a construção de prédio, descobriu que os responsáveis pelo parque construíram tubulação que deságua no fundo do terreno. "Essa rede não está cadastrada no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e me impede de começar as obras", reclama José Carlos.

Na tentativa de resolver o problema, ele mandou instalar tapumes para demarcar o fim da sua propriedade e fechar a rede clandestina. No entanto, com as fortes chuvas, eles foram derrubados. As águas que caem no solo ficam paradas e podem se tornar focos de dengue. "É possível que os vizinhos achem que eu não tomo providências e, se algum deles ficar doente por causa disso, pode achar que o culpado sou eu."

O arquiteto conseguiu que os responsáveis pelo parque fossem até o local. Foi dado prazo de trinta dias para resolução. "Entraram em contato com o Semasa em julho. Ainda espero a resposta." O Semasa não se manifestou.