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A resposta da GM

Desenvolvido 100% no País, Onix chega ao mercado
em três versões para tentar bater o Volkswagen Gol

Vagner Aquino
Enviado a Bento Gonçalves (RS)
31/10/2012 | 07:00
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Primeiro os líderes Fiat Uno e Volkswagen Gol se atualizaram. Depois, os asiáticos foram chegando de mansinho e tomando espaço tanto nas ruas quanto no coração dos brasileiros (leia-se, Hyundai HB20 e Toyota Etios, por exemplo). Em meio a este cenário, a General Motors não poderia estar de fora - claro.

Ao contrário da década de 1990, o Chevrolet Corsa já não era considerado páreo para o disputado segmento de hatches - já defasado, o modelo mantinha o mesmo visual desde 2002. Hora de arregaçar as mangas, não? Exatamente! E é isso que a GM vem fazendo desde 2008, quando começou a trabalhar no novo Onix.

Desenvolvido 100% no e para o Brasil, o Onix chega em três versões de acabamento: LS, LT E LTZ. Preços partem de R$ 29.990.

Analisando as fotos, você com certeza pensou: "Mas é totalmente semelhante ao Gol!" Bingo! Porém, como diz o ditado "Chumbo trocado não dói". Quem não se lembra do Gol bolinha de 1995, que chegou aqui trazendo forte semelhança com o Corsa Wind (1994), quiçá confundindo os mais desatentos?

Falando em estética, o Onix é bem acertado. Obviamente, o pessoal da engenharia brasileira se inspirou nas referências globais e traz a grade cortada ao meio por barra que aloja a gravata dourada da marca. No mais, linhas marcantes e apelo jovem. Segundo a fabricante, as superfícies tridimensionais foram desenhadas para que o carro absorva o máximo possível de luz exterior.

Na frente, além da grade, os grandes faróis e o capô curto fogem da receita tradicionalmente seguida pelos modelos desse porte.

DO LADO DE DENTRO

Da porta para dentro, o que mais chama a atenção é o espaço interno. Isso se dá graças ao entre-eixos de 2,53 metros - maior da categoria. Para se ter ideia, o interior do sedã médio Cruze é somente 16 centímetros maior. Mais conforto para os ocupantes, tanto para as pernas quanto para ombros e cabeça.

Assim como no visual, a modernidade está presente no habitáculo do Onix. A proposta de cockpit (apresentada pela primeira vez no hatch Agile) também se faz presente aqui. Assim como no Sonic, o painel de instrumentos traz mostradores analógicos e digitais, com LEDs e iluminação Ice Blue. Vale ressaltar que a versão LS adota dois tons para o acabamento. Já as configurações LT e LTZ permanecem em tom único.

Funcionalidade e comodidade também não deixam a desejar. São 16 porta-objetos espalhados pela cabine, e o porta-luvas é localizado em posição ligeiramente mais alta, delegando maior espaço para as pernas do passageiro. Ponto para a ergonomia e para os comandos, todos à mão. Não é necessário se esticar para comandar quaisquer funções a bordo.

Assim como noticiado há alguns meses, o Onix traz modernidade quando o tema é conectividade: o sistema multimídia MyLink. Com ele o usuário pode trazer suas músicas, fotos, vídeos e aplicativos do celular para dentro do veículo, além de fazer ligações telefônicas via Bluetooth. Algo inédito na categoria.

MOTORIZAÇÃO

Com tanta inovação, no entanto, o Onix não poderia cair na mesmice quando o assunto pende para o lado do desempenho, correto? Por isso a GM tratou de incluir uma nova geração de motorização especialmente concebida para o mais novo membro da família, o bloco SPE/4 (sigla em inglês para o termo Smart Performance Economy 4 cylinders). Desenvolvido 100% pela GM do Brasil, o novo powertrain traz as configurações 1.0 e 1.4 litro - ambos bicombustíveis.

O novo propulsor funciona por meio de um sistema de injeção sequencial com ignição independente por cilindro. São quatro no total, cada qual alimentado por uma bobina individual da mesma classe das utilizadas no Chevrolet Camaro. O resultado: menos trabalho do motor e redução no desperdício da energia gerada.

EM NÚMEROS

Isso é traduzido pelos números. Durante o test-drive de lançamento do hatch - entre o aeroporto de Porto Alegre até a cidade de Bento Gonçalves (no Rio Grande do Sul) - o modelo LT 1.0 (avaliado pelo Diário por 120 quilômetros) de 80 cavalos de potência máxima, com etanol, gera torque de até 9,8 mkgf a 5.200 rpm. Até os 100 km/h são necessários 13,3 segundos (também abastecido com derivado da cana-de-açúcar). Por falar nisso, o tanque é de 54 litros, garantindo mais autonomia que adversários.

Ao contrário de alguns modelos da GM, o câmbio manual de cinco velocidades (o mesmo do sedã Cobalt, com alterações adaptadas ao tamanho e peso do Onix, este, de 1.019 quilos) rende precisão e, em consequência, boas retomadas.

Em curvas, o hatch tem bom comportamento. Graças à rigidez torsional 50% mais eficiente que o modelo anterior, infoma a GM.

Três versões e estilos diferentes

Ao contrário do que se via no passado, hoje não dá para chamar alguns hatches de pés-de-boi. No caso do Onix, a partir da versão de entrada (batizada de LS) já é possível contar com itens como direção hidráulica, freios ABS com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), air bags frontais, desembaçador e limpador traseiros, para-choques dianteiro e traseiro na cor do veículo.

Na versão LT (intermediária) acrescenta-se abertura elétrica do porta-malas pela chave, acionamento elétrico das travas das portas e dos vidros dianteiros, além de alarme antifurto, banco do motorista com regulagem de altura, controle de luminosidade do painel de instrumentos e volante com regulagem de altura. No acabamento estético, destaque para as lanternas e faróis com máscara - estes com lente decorativa Ice Blue.

Na configuração topo de linha LTZ, o hatch traz também acionamento elétrico dos vidros traseiros, ar-condicionado, computador de bordo, conexão Bluetooth, entrada USB, retrovisores elétricos, faróis de neblina, rodas de alumínio com acabamento diamantado e sistema multimídia MyLynk. Esse último opcional na LT.

O conceito de esportividade (presente quando se fala em hatches) está totalmente atrelada à ideia de personalização. Pensando em quem gosta de um pouco mais de exclusividade, a GM oferece três kits de acessórios para o Onix: Joy, Race e 24 Hours. Cada um oferece um jogo de tatuagem e apliques com diferentes temas a serem dispostos externa e internamente. O primeiro deles remete à urbanidade, já os demais são sugestivos para os amantes de velocidade.




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