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Manobra por reeleição revolta vereadores de Rio Grande
Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
26/10/2012 | 06:57
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Manobra para reeleição da mesa diretora na Câmara de Rio Grande da Serra causou discussão acalorada entre o atual presidente da Casa, Waldemar Perillo (PSDB), e Valdir Marques (PSDB), segundo secretário.

O projeto de resolução apresentado pelo comandante do Legislativo prevê alteração no artigo 20 do regimento interno. O texto proíbe a reeleição do presidente, independentemente de se tratar de um novo mandato.

Perillo fez a revisão da lei e apresentou emenda para acrescentar ao texto original o termo "da mesma legislatura", ou seja, o vereador só não pode concorrer à reeleição da presidência quando estiver na mesma legislatura. Com isso, ele teria plenas condições de disputar novamente o comando da Casa em 1º de janeiro.

O fato revoltou os parlamentares, em especial Marques. Sem apoio dos colegas, o comandante da Casa retirou o projeto de votação. "Tudo me mostra que é uma manobra", avaliou o segundo secretário.

O presidente da Câmara não gostou da postura do correligionário e ressaltou que o projeto de resolução não altera a legislação. "O Valdir Marques é burro. Ele fez escândalo por burrice. Não tem nada demais no projeto", criticou. "Sou, sim, candidato à reeleição e não há nada que me impeça", completou.

Perillo lembrou que Marques já havia pedido adiamento da matéria, que foi colocada em votação na semana da eleição. O parlamentar alegou na época que não havia estudado o projeto. A nova tentativa de adiamento na sessão de quarta-feira revoltou o presidente. "É vergonha, pois o processo está na Casa há dois meses e o senhor não estudou", esbravejou Perillo.

Marques respondeu que analisou a matéria e que justamente por isso era contrário. O tucano desafiou o colega colocar o projeto em votação. "Ele teve quatro anos para revisar o regimento interno. Temos que ver direito, pois estamos dando uma carta em branco aos próximos parlamentares", destacou o segundo secretário.

Cleson Alves de Souza, líder da bancada do PT na Câmara, considerou a medida arbitrária e autoritária. "É desespero do Perillo para ser presidente. Ele não conversou com ninguém. Todos os vereadores se sentiram desrespeitados", considerou.

 

 




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