Setecidades Titulo Saúde
Associação é contra
curso de medicina
em São Bernardo
Thaís Moraes
Do Diário do Grande ABC
29/06/2013 | 08:46
Compartilhar notícia
Orlando Filho/20.11.2012/DGABC


A notícia de que a FUABC (Fundação do ABC) pretende instalar curso de Medicina em São Bernardo desagrada não só os futuros médicos que estudam na FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), instituição mantida pela Fundação, como também a APM (Associação Paulista de Medicina) Regional São Bernardo e Diadema.

De acordo com o diretor do departamento científico da APM, Luiz Carlos João, a falta de médicos não será suprida pela abertura de mais cursos. “Entidades que representam a classe médica são contra essa decisão porque corre-se o risco de formar profissionais sem a qualidade necessária”, alerta.

Para João, que também é professor de Ginecologia e Obstetrícia da FMABC, em vez da criação do curso no município vizinho, o foco deveria ser a melhoria na estrutura do ensino. “Por que em vez de abrir outra faculdade não se investe mais e melhora a condição tanto dos professores quanto dos alunos?”, questiona.

A equipe do Diário entrou em contato com o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) para saber a opinião sobre o assunto, mas a entidade informou que, por enquanto, prefere não se pronunciar.

O Grande ABC possui hoje cerca de 4.000 médicos cadastrados no conselho, no entanto, isso não quer dizer que esses profissionais atuem na região, já que para a categoria médica é muito comum morar em uma cidade e trabalhar em outras.

O Estado de São Paulo possui 37 instituições que anualmente abrem 3.361 vagas em cursos de Medicina.

Estudo feito pelo Cremesp e pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) em 2011 aponta que a grande oferta faz com que a cidade de São Paulo tenha 4,33 médicos por 1.000 habitantes. Já no Estado, apesar do índice ser inferior (2,58), a relação fica acima da média nacional, que é de 1,8 médico por 1.000 pessoas.

O levantamento destaca que o grande problema no País é a distribuição dos profissionais, o que aumenta a desigualdade. O Estado com a maior relação médico/habitante é o Distrito Federal, com índice de 4,02, seguido do Rio de Janeiro (3,57) e São Paulo (2,58). Jas nas três últimas posições estão Amapá (0,96), Pará (0,83) e Maranhão (0,68).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;