A jornalista Maria Cândida não se imagina fazendo a mesma coisa por muito tempo. Em 12 anos de carreira já foi moça do tempo na Globo, apresentadora de telejornal na CNN, correspondente internacional do SBT. E mais: já cruzou a famosa Rota 66 a bordo de uma Harley Davidson, apresentou a cerimônia do Oscar por duas vezes e, principalmente, entrevistou alguns dos maiores astros de Hollywood, como Tom Hanks, Richard Gere e Arnold Schwarzenegger. “Se não construísse minha carreira, hoje não passaria de uma Barbie. As pessoas sabem que trabalho bem e me respeitam por isso”, diz. Por essas e outras, ela nunca se dá por satisfeita. Na próxima segunda-feira, às 21h, a sempre irrequieta Maria Cândida estréia Guiness, o Mundo dos Recordes, na Record. “Ganhei esse programa em menos tempo do que imaginei. Não gravei sequer piloto. Já fiz valendo”. Maria Cândida estreou na emissora em novembro do ano passado.

De fato, a idéia original do diretor artístico da Record, Hélio Vargas, era que o Guiness fosse ao ar uma vez por semana e, de preferência, aos domingos. Mas a alta cúpula gostou tanto do resultado que resolveu torná-lo diário. Por isso mesmo, o quadro homônimo, que era exibido no Domingo Espetacular, já deixou de existir. Mas a versão brasileira do original Guiness Book of Records – uma espécie de Acredite Se Quiser, programa de curiosidades exibido nos anos 80 pela Manchete – volta ao ar na próxima segunda, com uma hora de duração. Maria Cândida está tão animada com a nova empreitada que não demonstra sequer preocupação com o fato de a estréia do Guiness coincidir com a de América, a mais nova superprodução das oito da Globo. “Se fosse estrear na última semana de Senhora do Destino, eu ficaria mais preocupada. Afinal, todo mundo quer saber como vai terminar a Nazaré. Assim, não. O público é que sai ganhando porque vai ter mais opções de entretenimento”.

A inquietação é tanta que, no dia da estréia do Guiness, O Mundo dos Recordes, Maria Cândida estará em Los Angeles gravando novas entrevistas para o Luz, Ação, Diversão, do Domingo Espetacular, e o Hollywood é Logo Ali!, do Tudo a Ver. Paralelamente aos quadros que apresenta na Record, participa ainda do Ele Disse, Ela Disse, também sobre cinema, na Rádio Metropolitana, de São Paulo. Nas duas semanas que passará na meca do cinema norte-americano, ela vai sabatinar, entre outros, os diretores James Cameron e Ridley Scott, o elenco do filme O Quarteto Fantástico, e a dupla Brad Pitt e Angelina Jolie, que estão divulgando o filme Mr. and Mrs. Smith. Por conta disso, deixou uma leva de 16 programas do Guiness já gravados.

Apesar do intenso corre-corre, Maria Cândida não abre mão de viajar ao exterior para conversar, de vez em quando, com os astros e as estrelas de Hollywood. Ainda mais se, pela frente, ela tiver um Brad Pitt ou uma Angelina Jolie, os próximos da lista. “Desses, por exemplo, não abro mão mesmo porque eles sempre dão audiência”. Mesmo assim, ela considera que só desistiria das entrevistas internacionais no dia em que receber um convite da Record para, quem sabe, apresentar um programa ao vivo. “E por que não? O ao vivo é sempre mais estimulante. Há dias, ancorei o julgamento do Michael Jackson ao vivo de Santa Maria, na Califórnia, para o Domingo Espetacular e foi ótimo!”.

Enquanto não recebe o tão esperado convite para galgar mais um degrau na sua carreira jornalística, Maria Cândida procura se inteirar ao máximo da mais nova edição do Guiness, lançada recentemente no Brasil pela Ediouro. Entre as muitas curiosidades que descobriu, a sua predileta, como não poderia deixar de ser, está relacionada ao cinema. “Você sabia que o Andy Garcia nasceu grudado ao irmão na altura do ombro? Da próxima vez que eu estiver com ele, vou tocar nesse assunto”, diz.