Palavra do Leitor Titulo
Não ao desperdício de recursos

Sem muitas explicações, São Bernardo, especialmente os moradores...

Dgabc
26/11/2012 | 00:00
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Artigo

Sem muitas explicações, São Bernardo, especialmente os moradores do Jardim do Mar, foram surpreendidos ao saber que o bairro foi escolhido para ter unidade de semiliberdade da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente).

Mais uma vez, a indelicadeza, a incapacidade e - por que não dizer? - a incompetência dos gestores da Fundação Casa não quiseram ouvir a sociedade, lideranças da região e nem mesmo a Prefeitura de São Bernardo, antes de decidir o local para implantar nova unidade, mesmo que transitória e de baixo impacto.

Entretanto, a indignação maior não é por causa da localidade, já que ninguém quer ter unidade da Fundação Casa, presídio ou até mesmo feira livre na rua da sua casa. A grande preocupação é sobre a decisão tomada pelos diretores da instituição em escolher imóvel para locar a unidade de semiliberdade em uma das áreas mais nobres e caras da cidade.

Essa situação no Grande ABC remete a um grande questionamento: se esta ineficiência de gestão dos recursos públicos está ocorrendo em todo o Estado de São Paulo. O mais lógico, quando se tem uma empresa ou qualquer ramo de atividade, é se instalar em localidade que atenda às suas necessidades, verificar o ponto e, consequentemente, o preço.

O aluguel de imóvel nos moldes do que será usado para a instalação da unidade está orçado entre R$ 7.000 e R$ 10 mil por mês. Por que a Fundação Casa não pesquisou ou sugeriu outros lugares com aluguel mais reduzido? Seguramente, poderia buscar outros bairros onde o preço da locação chegaria pelo menos à metade do valor que vai pagar no local escolhido.

O equipamento terá capacidade para abrigar 20 menores infratores, que passam o dia trabalhando e estudando e, à noite, se apresentam para dormir. Entretanto, a rua escolhida (Mediterrâneo) não dispõe de transporte público, apenas nas imediações do local, o que dificulta mais o acesso.

A lógica de quem contrata é sempre ir em busca da melhor oferta e do melhor preço. Nada justifica a escolha da Fundação Casa por esse imóvel em uma área considerada nobre na cidade. O Ministério Público já foi informado deste fato. Agora, a expectativa é de que se esse erro for confirmado, que ele seja reparado a tempo e que não se faça desperdício de recursos públicos.

Orlando Morando é deputado estadual pelo PSDB.

PALAVRA DO LEITOR

Aberrações

Algumas aberrações jurídicas estão acontecendo no STF. Como podem ministros serem nomeados por presidentes da República com ideologias e ligações partidárias? Pior ainda é um ministro se levantar e sair do plenário após perder o debate para outro colega da corte. Lembra-me meus tempos de criança, onde quem tinha a bola escalava o time e, se perdesse o jogo, tirava a do campo e ia embora para a casa da mamãe. Mas diz o ditado que cada povo tem o governante que merece. Acrescento: e também o STF que merece. As reformas administrativas e políticas são urgentes no País, e também mudanças na Carta Magna, retirando o poder de presidentes para indicar ministros para qualquer instituição. Desde FHC, Lula e agora Dilma, já se passaram 17 anos e o que vimos foi muita incompetência e denúncias de corrupção.

Ailton Gomes, Ribeirão Pires

Cachoeira livre

Quem é que nutria, ingenuamente, o mínimo de esperança de que o acima do bem e do mal Carlinhos Cachoeira fosse condenado com reclusão absoluta, diante de todas as provas? Como podemos aceitar que, diante de tantas e todas as acusações, tais como formação de quadrilha, sistema de fraude de bilhetagem em Brasília, construtora Delta e mais 44 pessoas, operações Monte Carlo e Saint Michel e lavagem de dinheiro, ele recebesse como pena alvará de soltura? Diante de tantas displicências, impropriedades, impunidades, submissões, transgressões, protecionismo e blindagem tendenciosa, será que não nos caberia responder que no Brasil da Justiça o último que sair fecha a porta?

Cecél Garcia, Santo André

Dando show

Esse diretor de futebol do EC Santo André está dando show. Não bastasse culpar o atual prefeito, agora vem neste Diário mostrar mais um culpado pela trágica decadência da equipe de futebol, as lagartas. Coitadas, alimentos de várias espécies de pássaros (reparem que nem os quero-queros ‘pastam' mais no Brunão). Senhor diretor, que tal mostrar ao público as verdadeiras pragas que denegriram a imagem e o bom futebol desse grandioso clube? Dou como exemplo a SE Palmeiras que, com jogadores medíocres e diretoria incompetente, levaram o clube de volta à Segunda Divisão do Brasileiro, jogando longe de seu estádio e em campos muito melhores. Não é o estádio que ganha jogo, diretor, e sim equipe comprometida em seus objetivos com respaldo de diretoria focada em suas obrigações.

Flávio Giroldo, Santo André

Saudosista

Certo leitor de Santo André, cujo nome não merece aqui ser citado, escreveu neste espaço criticando o PT. Até aí, tudo bem; a crítica e a vaia são tão democráticas quanto o elogio e o aplauso. Ocorre que ele mistura alhos com bugalhos e não fala coisa com coisa. Diz que o PT quer ganhar sempre. Mas isso é óbvio, algum partido disputa eleição para perder? Algum time entra em campo visando a derrota? Diz também que no tempo da ditadura assalto a banco era crime. Ora, até onde eu sei, assalto a banco continua sendo crime. Reclama da insegurança e da violência, mas deveria saber que essas questões são de responsabilidade do governo estadual. No caso de São Paulo, é o PSDB quem governa há mais de 20 anos (me parece que esse partido também gosta de ganhar sempre). O cidadão termina dizendo que prefere lamber as botas dos generais do que a democracia. Fazer o quê? Gosto não se discute.

Gilberto Tadeu de Lima, São Caetano

PS São Bernardo

Fui atendido emergencialmente no Pronto Socorro de São Bernardo, já que desde 2009 desisti de pagar convênios médicos ineficientes, com preços abusivos e profissionais desmotivados, talvez pelos salários miseráveis que recebem. Diante de tudo o que se diz de ruim da Saúde pública, confesso que fiquei surpreso. Fui muito bem atendido por funcionários, atendentes e pela equipe de médicos, principalmente a neurologista doutora Evelyn, que demonstrou com categoria por que escolheu tal profissão, que reputo a mais nobre de todas. Não importam muito as condições físicas do pronto-socorro, mas a dedicação comprovada daqueles que cuidam da vida, o bem mais precioso do ser humano. Estou deveras muito agradecido.

Aimardi Perez de Oliveira, São Bernardo 




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