O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu nesta segunda-feira, durante seu programa de rádio semana 'Café com o Presidente', transformar o Brasil em "um verdadeiro canteiro de obras" quando retornar, na próxima semana, de uma série de viagens ao México e a países da América Central.

"Vamos fazer deste país um verdadeiro canteiro de obras em se tratando de infra-estrutura. Vamos anunciar obras de infra-estrutura em estradas, ferrovias, gasodutos, portos, aeroportos, e começar a liberar o dinheiro para que o trabalho comece a acontecer", anunciou o presidente, deixando claro que boa parte das obras serão de saneamento básico, habitação e infra-estrutura (estradas, ferrovias, gasodutos, portos e aeroportos).

De acordo com Lula, serão investidos mais de R$ 500 bilhões na 'operação'. "Vamos investir R$ 504 bilhões, dos quais R$ 106 bilhões serão aplicados em habitação e R$ 40 bilhões em saneamento básico", revelou.

Sobre a escolha dos locais onde serão realizadas as obras, o presidente disse que as escolhas serão feitas a partir das análises dos dados técnicos, e não de interesses políticos e partidários. "O critério é eminentemente técnico, ou seja, eu não quero saber se o prefeito é do PFL, do PT, do PMDB, do PSDB, do PTB, do PR, do PCdoB. Eu quero saber se aquela cidade tem as condições técnicas que permitem que este dinheiro seja aplicado e se tem o processo de necessidade da população. Então, o critério é um critério técnico", revelou.

Alfinetada – Ao anunciar a 'avalanche' de obras pelo país, o presidente Lula criticou a própria categoria: os 'políticos'. De acordo com ele, muitos homens públicos não gostam de fazer obras de saneamento pois elas não têm notoriedade, já que ficam 'debaixo da terra'. "Para fazer saneamento básico tem que cavar um buraco, enfiar o tubo e tapar o buraco. Ou seja, significa que é uma obra que você não pode colocar uma placa, você não pode colocar o nome de um parente, ou seja, e isso, muitas vezes, na cabeça de muitos políticos brasileiros não dá voto."