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96ª São Silvestre desafia 20 mil pelas ruas de São Paulo

Experientes, corredoras de São Bernardo dão dicas e falam sobre a mais tradicional prova do pedestrianismo da América Latina

Por Dérek Bittencourt
31/12/2021 | 00:01
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Pela 96ª vez na história, algumas das principais vias de São Paulo serão tomadas por praticantes e amantes do pedestrianismo. A partir das 7h40 (para as mulheres) e das 8h05 (para os homens) será dada a largada para a Corrida Internacional de São Silvestre, com partida e chegada na Avenida Paulista. Depois do cancelamento em 2020, em razão da pandemia da Covid-19, a mais tradicional prova do calendário esportivo nacional reunirá 20 mil pessoas, que enfrentarão os 15 quilômetros do desafiador percurso, que prevê a temida subida da Avenida Brigadeiro Luis Antonio no trecho final.

“Essa é uma prova adorada por muitos corredores e odiada por outros”, brinca a psicóloga clínica e esportiva Alexandra Freire de Melo, 49 anos, de São Bernardo. Corredora e ciclista, disputou as edições de 2016 e 2017. “Muitos desejam ter essa prova em seu currículo esportivo, por ser uma prova muito famosa e uma quilometragem e percurso desafiadores pelas ruas famosas de São Paulo. É uma prova que também fecha o calendário de corridas do ano e ela se torna ainda mais especial quando se emprega um propósito pessoal a esta prova.”

Alexandra, entretanto, faz algumas ressalvas. “Por que quero correr a São Silvestre? Há todos os tipos de respostas e correr com um propósito claro torna essa prova ainda mais especial. E para isso, a preparação mental é tão importante quanto a preparação física para que o corredor possa concluir a prova sem lesões e satisfeito”, sugere a psicóloga, que, por experiências própria e profissional, dá dicas aos participantes.

“Ter uma boa noite de sono apesar da ansiedade pré-prova. Separar todos os acessórios, suplementos, tênis e vestuário, número de peito, chip, nesta noite, para garantir que não esquecerá nada importante. Dividir mentalmente a prova em pequenos trechos, assim você não cansará sua mente. Fazer a prova no seu ritmo, e mesmo sendo uma prova com gostinho de festa, esteja focado na sua respiração, pisada e postura, assim você também evitará acidentes em função do grande número de participantes. Se pretende fazer num ritmo mais rápido, saiba que deverá chegar mais cedo para se posicionar o mais próximo possível da largada, assim você não se estressará com a muvuca de gente. Programe-se como chegará até o local da prova e chegue cedo, a melhor opção é o Metrô – e a festa já começa nas estações. Entre no clima e não se preocupe apenas com performance. E ao cruzar a linha de chegada e receber sua medalha, não se esqueça de comemorar e agradecer, afinal de contas, depois de um ano tão turbulento, você está tendo o privilégio de ter saúde para cruzar a linha de chegada.”

A também psicóloga Silvia Riskallah, 51, de São Bernardo, disputará pela sexta vez a São Silvestre. Em 2020, mesmo com o cancelamento da prova, ela fez o percurso por conta própria. “Adoro”, sintetiza. “É uma prova muito divertida, sem muitas expectativas para tempo. Eu vou bem tranquila, minha preocupação é só terminar e curtir. No percurso as pessoas te dão feliz Ano-Novo. Sou amadora, vou mesmo para curtir”, explica ela, que é uma das que temem o trecho final da prova. “Toda prova tem suas dificuldades, essa tem a subida da Brigadeiro, que é um superdesafio.”

USO DE MÁSCARA
O regulamento da competição determina que o uso de máscara é obrigatório “durante todo o período de permanência na Arena da Prova Presencial que compreende as áreas de largada e chegada, incluindo a dispersão”. Ao longo do percurso, no entanto, o uso é apenas recomendado, assim como o porte de máscaras reservas. Isso significa que o próprio corredor decide se corre de máscara ou não. Somente atletas vacinados poderão participar da disputa. A prova será realizada sem a presença do público.

Protocolo semelhante foi utilizado na Corrida da Esperança, evento organizado pelo governo estadual para marcar a retomada das corridas de rua no fim de novembro. De acordo com Paulo Carelli, presidente da Abraceo (Associação Brasileira de Corridas de Rua e Esportes Outdoor), não houve contágio no evento. “Os protocolos internacionais recomendam que seja feito dessa forma, com a flexibilização da máscara durante o percurso. Fica a critério de cada corredor”, diz Carelli.

Especialistas afirmam que há risco baixo de contaminação em eventos esportivos ao ar livre, menor do que em bares e restaurantes. (com Estadão Conteúdo) 




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