Política Titulo Contrapartida
Pressão faz Casalinho ficar disponível para esclarecimentos
Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
25/04/2012 | 07:00
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Pressionado pela oposição ao governo Aidan Ravin (PTB), a base aliada correu na sessão de ontem para minimizar o convite formal por requerimento ao secretário de Obras e Serviços Públicos de Santo André, Alberto Casalinho. Os vereadores protocolaram documento com 12 assinaturas favoráveis para que o titular preste esclarecimentos acerca das contrapartidas da empresa Aquapolo exigidas pela Prefeitura. A proposta tinha aval da maioria.

Diante do cenário controverso, a sustentação fez contato com Casalinho e firmou compromisso pela sua presença no Legislativo no dia 3, às 16h, evitando a apreciação do requerimento em plenário. O curioso é que o episódio demonstrou insatisfação, inclusive, de parlamentares da situação. Os três vereadores do DEM, assim como o líder do governo, Ailton Lima (PTB), o socialista Almir Cicote, e dois do PSDB abonaram a ida do secretário, ao lado do PT.

A intervenção na Avenida dos Estados está em execução desde 2010 e prevê investimento de R$ 364 milhões. A obra visa a construção de dutos que levarão água de reúso da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), na divisa de São Caetano com São Paulo, até o Polo Petroquímico de Capuava, entre Santo André e Mauá.

Como contrapartida da empresa. será construído Cras (Centro de Referência de Assistência Social), no Jardim Alzira Franco, compra de terreno para erguer centro de proteção ao dependente químico, no Parque Miami, e arborização no Parque do Pedroso, além de recapeamento das pistas 3 e 4 em 14 quilômetros.

Segundo o vereador Marcos Cortez (PSDB), foi explicado que a compensação gira em torno de R$ 10 milhões à cidade. "Dá em média de 7% a 8% dos gastos", alegou o tucano. Para Evilásio Santana, o Bahia (DEM), se há dúvida sobre possíveis perdas não há razões para não chamar um secretário. "Precisa explicar a situação."

Articuladora na Casa, a vice-prefeita, Dinah Zekcer (PTB), atrelou o caso ao período pré-eleitoral. Segundo ela, a contrapartida já foi exaustivamente explicada aos vereadores e os secretários sempre estão à disposição, mas a manobra é política. "Não existe outra motivação, é sem sentido."




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