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Espera pelo RG é
de 60 dias na região

Nas delegacias, falta estrutura para emitir os documentos;
Poupatempo e Atende Fácil são exceções no atendimento

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
18/04/2012 | 07:00
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Tirar carteira de identidade no Grande ABC exige paciência. Em cinco dos sete postos do IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt) na região, a espera pelo documento é de, em média, dois meses.

O Poupatempo em São Bernardo e do Atende Fácil em São Caetano são as exceções. Ali, o RG é entregue ao requerente em menos de uma semana. O problema é que os moradores de outras cidades da região nem sempre têm condições e tempo livre para se descolar até a esses postos. E acabam recorrendo às delegacias que oferecem o serviço, sem estrutura.

Por mês, os outros cinco postos de identificação (confira os endereços no quadro ao lado) atendem cerca de 1.300 pessoas em busca de emissão de primeira ou segunda via de RG; são 755 em Mauá, 208 em Santo André, 166 em Ribeirão Pires, 84 em Rio Grande da Serra e seis em Diadema, segundo a Polícia Civil.

O tempo de espera para que o documento fique pronto pode chegar a 90 dias em Rio Grande da Serra, e até 60 em Santo André, Mauá e Ribeirão Pires. Em Diadema é preciso esperar até 80 dias para obter o RG - lá, atendente informou que as cerca de 300 solicitações registradas mensalmente despencaram devido à proximidade do município com o Poupatempo Cidade Ademar, na Capital.

Enquanto isso, no Poupatempo São Bernardo, onde são feitos quase 20 mil atendimentos por mês para RG, o serviço é agendado pelo telefone ou internet e o documento fica pronto no mesmo dia nos casos de primeira via e em até dois dias úteis nos casos da segunda. Outra comodidade é a opção de receber o RG em casa, mediante pagamento de taxa de R$ 9,09 do Sedex.

Em São Caetano, 12 mil pessoas procuram o Atende Fácil para solicitar carteira de identidade por mês. O tempo de espera é de três dias úteis para as segundas vias, 24 horas para as primeiras vias de menores de 18 anos e 30 dias para as primeiras vias de maiores de 18 anos.

Delegado responsável pelo IIRGD, Roberto Avino diz que a falta informatização e equipamentos de impressão nas delegacias. Por isso, os postos realizam coleta dos dados da população e encaminham para o Instituto de Identificação da Capital via malote. Daí a demora.

Segundo o delegado, a informatização está sendo feita e prioriza as unidades com demanda maior - ele não esclareceu se as delegacias da região estão na lista.

Facilidade de acesso compensa demora pelo serviço

A explicação entre os que preferem esperar mais para ter o documento em mãos é quase sempre a mesma: dificuldade de acesso ou falta de verba.

Por não conhecer São Bernardo, a dona de casa Fátima Mendes, 42 anos, preferiu esperar dois meses para retirar a primeira via do RG da filha, Fabíola, em Mauá. O mesmo tempo será aguardado pelo estudante Erick dos Santos Rafael, 17, que requereu a segunda via de seu documento ontem.

Em Santo André, a cena se repete. "Aqui consigo vir sozinha", explica a dona de casa Josefa da Costa, 83. Já a operadora de caixa Solange de Oliveira, 33, diz ter se arrependido por não ir até uma unidade que oferecem o serviço de forma rápida. "Esperei dois meses e, quando peguei o documento, estava errado. Vou ter que esperar mais dois meses", revolta-se.




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