Setecidades Titulo Transtorno
Adutora rompe e Mauá
fica sem água mais uma vez

Vazamento ocorreu na Estação Elevatória Capiburgo;
abastecimento será normalizado até as 8h desta quarta

Por Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
04/04/2012 | 07:00
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Pela segunda vez em dois meses, parte da população de Mauá teve de enfrentar torneiras secas em casas e comércios. O vazamento causado pela rachadura em uma adutora de 60 centímetros, localizada na Estação Elevatória Capiburgo, interrompeu o abastecimento de água durante toda a terça-feira.

Desta vez, o problema ocorreu às 5h e o prazo dado pela Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) para normalização é até as 8h de hoje. A informação é do superintendente da autarquia, Diniz Lopes. Ontem, ele chegou a informar que o fornecimento seria retomado às 16h; depois, esticou prazo para as 23h, e em seguida reconheceu que os bairros mais distantes seriam abastecidos somente pela manhã.

A Sama esclareceu que o rompimento não tem relação com o ocorrido em 8 de fevereiro. Na ocasião, 320 mil pessoas ficaram sem água por dez dias devido ao rompimento da mesma adutora, mas em trecho localizado 200 metros abaixo. O problema demorou oito dias para ser sanado. A demora nos reparos teve influência das fortes chuvas.

A falha novamente comprometeu a Estação Capiburgo, que abastece os reservatórios Zaíra e Magini. Juntos, distribuem água para 60 bairros da cidade e são capazes de armazenar 15 milhões de litros de água. O abastecimento do reservatório Mauá, o maior da cidade, não foi prejudicado. Ontem, a Sama não soube estimar quantas pessoas foram prejudicadas pelo desabastecimento e nem o que ocasionou a fissura na tubulação.

O reparo na adutora foi concluído às 18h, de acordo com a Sama. Foram deslocados 35 homens para realização do conserto. Uma retroescavadeira foi utilizada para abrir acesso pela mata que margeia a Estrada Sapobemba, na altura do km 13,5.

Foram instaladas duas juntas mecânicas e um novo tubo de ferro com três metros de extensão. A liberação do abastecimento para a população só será possível quando os dois reservatórios atingirem o nível adequado para encher toda rede de distribuição. Em medida emergencial, a autarquia intensificou o bombeamento do reservatório de Mauá para o da Vila Magini.

O abastecimento teve de ser interrompido de forma preventiva para evitar que o problema se agravasse. O superintendente da Sama tentou minimizar os efeitos do corte e tranquilizar a população. "Houve apenas um pequeno vazamento, que já foi consertado. Depois do problema de fevereiro, a população ficou com medo. Mas, é melhor ficar algumas horas sem água do que vários dias."

A Sama afirmou que fornecimento de água será normalizado de maneira gradual e progressiva.

Caixa d'água é alternativa da população

O desabastecimento no Jardim Columbia começou a ser notado nas primeiras horas da manhã de ontem. Quem não tinha caixa d'água para armazenar precisou buscar auxílio nas bicas. O estudante Sérgio Alves, 18 anos, foi até uma delas para lavar sua motocicleta suja de barro. "Às 8h já não tinha mais nada na torneira. Se usarmos toda a água da caixa, à noite não teremos mais."

Às 21h, o abastecimento ainda não tinha retornado ao bairro Zaíra 6. A dona de casa Maria Eunice Alves, 55 anos, que mora na Rua Jesuíno Nicomédio dos Santos, temia que seu reservatório particular esgotasse a capacidade antes do reabastecimento programado pela Sama. "Temos 500 litros para abastecer duas casas. São oito pessoas. Espero que a água retorne logo. Não queremos mais nove dias a seco", reclama.

Pelas ruas do bairro, mais desconfiança. O proprietário de uma papelaria lembrou da recorrência do problema na região e pediu mais atenção à população. "Deve ser falta de manutenção. Não podemos enfrentar novamente o mesmo transtorno". observou Adão Lima, 59.




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